Estudantes universitários de Lisboa querem mais polícia e iluminação junto aos Campus
6 de jan. de 2020, 10:23
— Lusa/AO Online
Em
comunicado, 12 associações de estudantes chamam a atenção para os
assaltos que têm vindo a ocorrer na zona do Campus da Cidade
Universitária, exigindo por isso um maior investimento no policiamento
das faculdades dos campi universitários de Lisboa e das suas imediações.“Apesar dos esforços da polícia para impedir a criminalidade nesta zona, é fundamental a alocação de mais agentes”, alertam.Os
estudantes pedem também um “grande investimento na iluminação do
Campus”, pois no seu entendimento a falta de luz “gera um ambiente
propício a situações de assédio e assaltos no campus”.“São
muitas as áreas com falta de iluminação nestas zonas, que geram um
clima de insegurança para os estudantes e facilitam ações criminosas”,
salientam.As associações dizem estar
disponíveis para participar com a reitoria, os órgãos de gestão das
faculdades, as forças policiais e a Câmara Municipal de Lisboa “na
construção de soluções que garantam a segurança e bem-estar de todos os
estudantes”.Este comunicado das 12
associações surge na sequência da morte a 28 de dezembro de um jovem,
filho de um inspetor-chefe da Polícia Judiciária (PJ) na reforma,
assassinado durante um assalto com arma branca junto à Faculdade de
Ciências, no Campo Grande, em Lisboa.O
jovem de 24 anos, que segundo o Correio da Manhã vinha de um restaurante
de 'fast food' no Campo Grande, foi assaltado por três homens, que o
esfaquearam no corpo supostamente porque a vítima ofereceu resistência.Em
comunicado, as associações de estudantes lamentaram a morte do jovem,
salientando que este crime foi o culminar de várias incidências que têm
ocorrido na zona do Campus da Cidade Universitária.“Esta
zona da freguesia de Alvalade é conhecida no meio estudantil como palco
de recorrente atividade criminosa”, referem, acrescentando que nas
imediações dos Campus Universitários existem caso de “prostituição,
assédio, assaltos armados a carros ou tráfico de drogas”.De acordo com os estudantes, também tem havido relatos de atividade criminosos nos campi da Ajuda e da Alameda.“O
medo e a insegurança não devem entrar na Universidade, que deve ser um
lugar em que os estudantes se sentem seguros”, sublinham.O
alerta é feito pelas Associações de Estudantes das Faculdades de
Direito de Lisboa, de Arquitetura, de Belas-Artes da Universidade de
Lisboa, Ciências de Lisboa, de Farmácia da Universidade de Lisboa, de
Medicina, Medicina Veterinária, Motricidade Humana, Psicologia e do
Instituto de Educação e ainda estudantes dos Institutos Superiores de
Agronomia, de Economia e gestão e Instituto Superior Técnico.