Estudantes do ensino profssional vão ter exames regionais de acesso ao superior
11 de mai. de 2020, 09:40
— Lusa/AO Online
De
acordo com o jornal Público desta segunda-feira os estudantes que completam o
ensino profissional, para quem foi criada uma nova via de acesso ao
ensino superior a partir deste ano, vão experimentar um modelo que é uma
novidade em Portugal: a realização de exames regionais, agendados para
setembro.O jornal adianta, com informação
prestada pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, que três
consórcios, no norte, centro e sul do país vão fazer provas específicas
para seriar os candidatos.A iniciativa é dos institutos politécnicos, mas há universidades que também vão integrá-los.Cada
estudante fará apenas um exame de acesso, na instituição mais próxima
da sua área de residência e com esse resultado, pode candidatar-se a
todas as universidades e politécnicos da região que abrirem vagas para
estes concursos especiais.A possibilidade de um exame único vai estar em cima da mesa no próximo ano letivo.Para
já, estão formalizados dois consórcios. Um no Norte — que inclui os
politécnicos de Bragança, Porto, Cávado e Ave e Viana do Castelo — e
outro no Sul, com os politécnicos de Setúbal, Santarém, Portalegre e
Beja, bem como a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e a
Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras. Integra também esta rede a
Universidade do Algarve, que tem ensino politécnico.O
terceiro consórcio, na região Centro, envolvendo politécnicos como
Coimbra e Leiria, ainda não está concretizado, de acordo com Pedro
Dominguinhos.A Universidade de Aveiro, que
também tem ensino politécnico, pode igualmente integrar o consórcio. As
universidades estão mais atrasadas. “O
concurso especial destinado aos diplomados do ensino profissional — e
que também abrange quem fez cursos artísticos ou de aprendizagem —
permite a cada estudante candidatar-se a três cursos superiores
diferentes, o que, de acordo com as regras aprovadas em abril pelo
Governo, poderia obrigá-los a fazer mais do que um exame de ingresso”,
adianta o jornal.Se um aluno se candidatasse a licenciaturas de instituições diferentes, teria que fazer três provas específicas distintas.Em
declarações ao público, o presidente do CCISP disse que “faz pouco
sentido os estudantes andarem a fazer provas em todas as instituições a
que querem concorrer”.O próximo ano letivo
no ensino superior começa nas primeiras semanas de outubro, depois das
alterações no calendário motivadas pela pandemia de Covid-19.As
instituições têm até 18 de maio para aprovar os seus regulamentos
internos e definir a fórmula de acesso a usar e dizer ao Governo se
querem ou não abrir estes concursos especiais no próximo ano letivo.