Estratégia Nacional de Ciberdefesa deve ser aprovada "em breve"
11 de out. de 2022, 15:05
— Lusa/AO Online
“(...) problemas todos os
aliados enfrentam. Isso não define a nossa fiabilidade. O que a define é
a nossa resiliência e capacidade de implementar soluções para esses
problemas e, nesse ponto, asseguro-vos que todos os Aliados reconhecem a
Portugal uma exemplar capacidade de resposta”, defendeu Helena
Carreiras. A governante está a ser ouvida
numa audição regimental da Comissão de Defesa, na Assembleia da
República, à qual se seguirá uma audição à porta fechada sobre os
recentes ciberataques ao Estado-Maior-General das Forças Armadas
(EMGFA), que levaram à exfiltração de documentos classificados da NATO,
requerida potestivamente pelo PSD.Antecipando
um pouco esse tema, Helena Carreiras fez referência aos esforços feitos
ao nível da ciberdefesa, salientando que “ao nível da capacidade
tecnológica, os investimentos no quadro da LPM [Lei de Programação
Militar] têm permitido alcançar melhorias e planeamos reforçar essa
linha de investimento em atualização permanente”.“Esperamos que possa ser aprovada em breve, em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional de Ciberdefesa”, adiantou.A
governante salientou ainda que “a segurança cibernética de qualquer
organização e a sua capacidade de atuação dependem em primeira linha dos
seus recursos humanos”. “Considero da
maior importância continuar a aprofundar o trabalho em curso no âmbito
do Comité de Monitorização da Ciberdefesa e a dinamizar os instrumentos
formativos essenciais à qualificação dos nossos recursos humanos”,
detalhou. Helena Carreiras acrescentou que
o ministério vai continuar a desenvolver “parcerias nacionais e
internacionais, incluindo no âmbito da Política Europeia de Defesa”,
reforçando o papel de Portugal “como aliado credível”. Nesta
intervenção inicial a ministra adiantou que conta entregar “em breve” à
Assembleia da República a proposta de lei de revisão da Lei de
Programação Militar (LPM) e que o projeto para a criação de um quadro
permanente de Praças no Exército e na Força Aérea “já está em processo
legislativo”. Ao nível das promoções nas
Forças Armadas, a governante salientou “o trabalho em curso para que o
decreto-lei das admissões possa, já no próximo ano, ser aprovado no
início do ano civil e não no último trimestre, como tem acontecido até
aqui”. Quanto ao contributo das Forças
Armadas em operações de apoio civil, nomeadamente no apoio ao combate
aos incêndios rurais, Helena Carreiras destacou as “quase três mil
missões, com o empenhamento de mais de 10 mil militares e cerca de três
mil viaturas”.