Estratégia de Segurança Rodoviária será “muito em breve” apresentada à AR
20 de dez. de 2022, 11:38
— Lusa/AO Online
Durante o
lançamento da campanha de Segurança Rodoviária de Natal e Ano Novo “O
melhor presente é estar presente”, da Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária (ANSR), José Luís Carneiro afirmou que “muito em breve” a
Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária var ser submetida à comissão
parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e
Garantias para apreciação.Em declarações
aos jornalistas, o ministro explicou que a estratégia se concentra “em
três dimensões fundamentais”, designadamente “medidas relativamente à
segurança dos condutores e dos passageiros, medidas relativas à
segurança e à condução das viaturas e medidas relativas às
infraestruturas e ao cuidado e aperfeiçoamento da sinalética,
nomeadamente em meio urbano”.“Uma das
causas da sinistralidade no interior das localidades tem a ver com
atropelamentos de peões. Há dimensões da sinalização, iluminação, dos
sistemas de alerta e de aviso que devem ser melhorados. É um esforço que
tem de envolver, não apenas as autoridades da administração pública e
central, mas também as autoridades dos poderes regionais e locais,
nomeadamente ao nível das estratégias municipais de segurança
rodoviária”, frisou.O ministro disse
também que, ao nível da sensibilização, estão previstas medidas a serem
desenvolvidas em articulação com o Ministério da Educação, uma vez que
“é importante reforçar o trabalho nas escolas”.José Luís Carneiro destacou igualmente que Portugal tem vindo “a reduzir a sinistralidade rodoviária” nos últimos 25 anos.“Numa
análise mais recente, respeitante à evolução dos números, tendo por
base os anos 2019 e 2022 [2020 e 2021 foram anos atípicos devido à
covid-19] verifica-se uma tendência para uma diminuição da
sinistralidade. Com efeito, a comparação dos dois anos demonstra que em
2022 registaram-se menos quase 11 mil acidentes (-8,49%), menos 21
vítimas mortais (-4,58%), menos 101 feridos graves (-4,57%) e menos
5.034 feridos leves (-12,14%)”, precisou.Apesar
da melhoria dos números de sinistralidade, o ministro salientou que é
necessário fazer mais, nomeadamente atacar a velocidade, consumo do
álcool durante a condução e uso do telemóvel, que são as três principais
causas da sinistralidade em Portugal.Nesse
sentido, a campanha hoje lançada pela Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária apela a todos os portugueses para que adotem, durante a época
de Natal e Ano Novo, “comportamentos seguros” na estrada ao viajarem
“sem pressa, sem álcool e sem telemóvel”.