Autor: Lusa/AO online
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical, Vítor Dias, explicou que o prolongamento da greve parcial visa contestar a nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, cuja votação na generalidade está marcada para a próxima quinta-feira.
Nesse dia, o Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul convocou uma concentração junto à Assembleia da República, a que se juntará mais de uma centena de estivadores estrangeiros.
A nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, que está na origem das sucessivas greves dos estivadores, nos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, teve o acordo de alguns sindicatos, afetos à UGT, que – segundo o Governo – representam 60% dos trabalhadores e operadores portuários.
“[A proposta de lei] será debatida na generalidade no Parlamento a 29 de novembro e depois segue-se a discussão na especialidade e a aprovação final e esse vai ser um dia em que a eficiência portuária será aumentada e todos aqueles que, em diálogo, promoveram o acordo verão esse esforço de negociação premiado”, afirmou na quarta-feira o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.
Os estivadores estão em greves sucessivas desde 17 de setembro.
De acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, o novo regime vai permitir descer a fatura portuária entre 25% a 30%, tornando os portos nacionais mais competitivos.