Estados Unidos vão fornecer a Kiev mísseis terra-ar mais sofisticados
27 de jun. de 2022, 18:25
— Lusa/AO online
“Estamos
a ultimar um programa [de ajuda militar] que inclui capacidades de
defesa aérea sofisticadas (…) de médio e longo alcance”, revelou hoje
aos ‘media’ Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa
Branca (Presidência norte-americana).Uma
fonte próxima do dossier tinha indicado previamente que os Estados
Unidos preparavam “a compra para a Ucrânia de um sistema NASAMS
(National Advanced Surface-to-Air Missile System)”. O sistema de mísseis terra-ar NASAMS é fabricado pela empresa norte-americana Raytheon e o grupo norueguês Kongsberg.Jake
Sullivan precisou ainda que Washington deverá também anunciar a entrega
às forças ucranianas de outros equipamentos, incluindo munições para
artilharia e radares. Os
Estados Unidos alteraram nas últimas semanas as suas entregas de
armamento à Ucrânia após verificarem que o conflito se concentra
atualmente no leste do país, com características mais estáticas e no
qual a artilharia desempenha uma função predominante. Washington
começou designadamente a entregar aos ucranianos sistemas de
lança-foguetes móveis Himars (High Mobility Artillery Rocket System),
com um alcance de 80 quilómetros. A
Ucrânia pede aos seus aliados que lhe garantam “paridade de fogo” com
as forças russas, após serem forçados a retirar as suas tropas de
Severodonetsk, uma cidade estratégica da região do Donbass (leste), e
que estava a ser fortemente atingida há semanas pela artilharia russa.Jake
Sullivan confirmou que a entrega de novos mísseis terra-ar respondiam a
um “pedido específico” do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que
hoje se dirigiu por videoconferência aos dirigentes das sete maiores
economias mundiais (G7), reunidos até terça-feira no sul da Alemanha.A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa de 24 de fevereiro, entrou hoje no 124.º dia.Desconhece-se
o número de vítimas, mas a ONU confirmou a morte de mais de 4.600
civis, alertando, contudo, que o balanço real será consideravelmente
superior por não ter acesso a muitas zonas do país.