Estados Unidos reduz de 10 para 5 dias isolamento de assintomáticos
Covid 19
28 de dez. de 2021, 10:56
— Lusa/AO Online
O Centro de
Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, precisou, num
comunicado citado pela Agência France Presse, que esta alteração é
“justificada pela ciência”, segundo a qual a maioria das infeções
acontecem nos dois dias antes e nos três dias após o surgimento de
sintomas.“Estas
atualizações permitem que todos continuem com a vida quotidiana em
segurança”, referiu a diretora do CDC, Rochelle Walensky, citada no
comunicado.A
variante Omicron, mais transmissível que as anteriores, já é
maioritária nos Estados Unidos e o número de casos tem aumentado
bastante no país, com mais de 200 mil casos diários nos últimos dias,
aproximando-se do recorde de janeiro deste ano.As
autoridades norte-americanas estão preocupadas com a possível
paralisação de alguns setores económicos por falta de mão-de-obra.Ao
reduzir para metade os dias de isolamento das pessoas assintomáticas,
as autoridades de saúde aconselham-nas a que usem máscara nos cinco dias
seguintes.A
duração da quarentena no caso de contactos não vacinados também é
reduzida de 14 para cinco dias, igualmente com o conselho do uso de
máscara nos cinco dias seguintes. Segundo as novas recomendações, os
contactos com a vacinação completa não precisam de isolamento.Em 23 de dezembro, as autoridades norte-americanas já tinham reduzido a duração do período de isolamento para os cuidadores.As
recomendações do CDC têm valor de referência e são amplamente seguidas
nos Estados Unidos, mas não constituem uma obrigação federal.O
forte aumento do número de casos no país, e os períodos de isolamento
necessários, levaram a que as companhias aéreas cancelassem centenas de
voos nos últimos dias.Na
segunda-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, reconheceu que
hospitais em todo o país estão “sobrecarregados, em termos de
equipamentos e de pessoal”, mas pediu aos norte-americanos que não
entrem “em pânico”.A
covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o
início da pandemia, segundo o mais recente balanço da Agência
France-Presse.Os
Estados Unidos continuam a ser um dos países mais atingidos pela
pandemia, com mais de 816.000 mortes e 52,3 milhões de infeções desde
março de 2020, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.A
doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado
no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com
variantes identificadas em vários países.Uma
nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as
autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro,
foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.