Estados Unidos preparam e cancelam a seguir ataque militar contra Irão
21 de jun. de 2019, 11:06
— LUSA/AO online
O responsável, que não quis ser identificado,
disse à agência norte-americana Associated Press que os alvos incluiriam
radares e baterias de mísseis iranianos.O
New York Times noticiou que o Presidente norte-americano, Donald Trump,
aprovou os ataques aéreos na noite de quinta-feira, mas que depois os
cancelou. O jornal cita altos responsáveis da administração que não
identifica.A Casa Branca escusou-se a comentar quando foi solicitada para o fazer na noite de quinta-feira.Questionado
durante esse dia sobre a resposta norte-americana ao abate do veículo
aéreo não tripulado (‘drone’), Trump disse: “vão saber em breve”.A
situação mostra o sério risco de conflito entre os Estados Unidos e o
Irão, quando a administração Trump combina uma campanha de sanções
económicas de “máxima pressão” com o aumento das forças na região. A
escalada da tensão nas últimas semanas tem aumentado a preocupação de
que cada um dos lados possa fazer um erro de cálculo que leve à guerra.Segundo
o responsável norte-americano que falou à AP, os ataques foram
recomendados pelo Pentágono e estavam entre as opções apresentadas a
altos responsáveis da administração de Trump.Desconhece-se o tipo de preparativos feitos, mas não foram feitos disparos nem lançados mísseis, disse a mesma fonte.A
operação militar foi cancelada cerca das 19:30 de quinta-feira em
Washington (00:30 de hoje em Lisboa), depois de Trump ter passado grande
parte do dia de quinta-feira a discutir a estratégia em relação ao Irão
com conselheiros para a segurança nacional e líderes do congresso.Na
quinta-feira, o Irão abateu um ‘drone’ norte-americano que, segundo
Teerão, se encontrava no espaço aéreo iraniano. Os Estados Unidos
afirmam que ele foi abatido no espaço aéreo internacional.O
incidente ocorreu num contexto de crescente tensão entre os dois países
e depois de, na passada quinta-feira, dois petroleiros, um norueguês e
um japonês, terem sido alvo de ataques no estreito de Ormuz, área
considerada como vital para o tráfego mundial de petróleo.