Estados Unidos mobilizam porta-aviões Nimitz para o Golfo

28 de nov. de 2020, 20:37 — AO Online/ Lusa

"Nenhuma ameaça específica causou o retorno do grupo de ataque do porta-aviões Nimitz", disse hoje a comandante Rebecca Rebarich, porta-voz da 5.ª Frota que cobre o Médio Oriente, citada pela agência de noticias France-Presse (AFP).Segundo aquela oficial, a presença do porta-aviões no Golfo não está, assim, ligada ao assassinato, na sexta-feira, de Mohsen Fakhrizadeh, um cientista nuclear iraniano.“O porta-aviões USS Nimitz retornou à (área da) 5.ª Frota em 25 de novembro”, indicou Rebecca Rebarich.O Nimitz tinha cruzado, em setembro, o estreito de Ormuz, uma passagem estratégica que o Irão ameaça regularmente bloquear, antes de seguir para o Pacífico.Numa outra declaração, o Pentágono vinculou esta mobilização à "redução no número de soldados americanos destacados no Iraque e no Afeganistão" anunciada em 18 de novembro pelo novo ministro da Defesa, ainda em funções, Christopher Miller.Cerca de 2.000 soldados vão ser retirados do Afeganistão até 15 de janeiro e outros 500 deixarão o Iraque, deixando apenas 2.500 soldados norte-americanos em cada país."O Departamento de Defesa dos Estados Unidos defenderá a segurança das suas forças enquanto eles continuarem a proteger os americanos e os nossos interesses no exterior", lê-se no comunicado do Pentágono.“Durante esta mudança de postura, o Departamento considerou prudente contar com capacidades de defesa adicionais na região, para responder a qualquer eventualidade”, refere a mesma nota.