Estados-membros da UE adotam orientações sobre comprovativos de vacinação
Covid-19
28 de jan. de 2021, 12:42
— Lusa/AO Online
“Estas
orientações visam apoiar a interoperabilidade dos certificados de
vacinação, significando que o seu conteúdo é uniforme, e estabelecer um
conjunto mínimo de dados para cada certificado”, refere o executivo
comunitário em comunicado.A Comissão frisa
também que as orientações estabelecem “as bases para um quadro fiável
que garanta a autenticidade e a integridade dos certificados” e que têm
como objetivo criar um “esquema que possa acomodar meios digitais e de
papel, garantindo a flexibilidade e a compatibilidade com as soluções
nacionais existentes e uma proteção rigorosa dos dados pessoais”. Em
comunicado, a comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, “saudou” a
adoção das orientações, sublinhando a necessidade de uma “abordagem
comum aos certificados de vacinação” e referindo que deseja manter a
“cooperação com a Organização Mundial da Saúde para expandir esta
ferramenta ao nível global”.“Certificados
de vacinação interoperáveis são uma ferramenta importante durante a
pandemia, mas também depois de a ultrapassarmos”, referiu a comissária.As
orientações sobre os certificados “visam sobretudo a vacinação contra a
covid-19”, refere a Comissão, mas “podem ser usadas no futuro como base
para comprovar o estatuto de vacinação”.A
adoção das orientações pelos Estados-membros surge após, no Conselho
Europeu informal da semana passada, os líderes dos 27 terem concordado
em “trabalhar para uma forma de comprovativo de vacinação com propósitos
médicos que seja interoperável e padronizada”. De
fora ficou, no entanto, a proposta feita pelo primeiro-ministro grego,
Kyriákos Mitsotákis – e apoiada por Portugal – de permitir que esses
certificados de vacinação também possam ser utilizados para facilitar
viagens no espaço comunitário. “Existem
questões em aberto e, por isso, quando for a altura adequada, iremos ter
um debate amplo e um consenso entre os Estados-membros”, declarou, na
altura, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre
essa questão.Entre as "questões em aberto"
referidas, Von der Leyen destacou a ausência de respostas sobre se "a
vacinação inibe a transmissão do vírus" e a "questão de por quanto tempo
é a vacinação eficaz".