Estado do tempo vai agravar-se em Portugal Continental a partir das 13h00 e até às 18h00
13 de dez. de 2022, 12:37
— Lusa/AO Online
“Vai agora haver um agravamento, mas não sabemos bem qual é a dimensão desse agravamento”, referiu Miguel Miranda.
“Os modelos são incoerentes e, por isso, metemos tudo a laranja, menos
Bragança, por duas razões: primeiro, porque é difícil dizer onde se vai
concentrar a precipitação. […] Por outro lado, temos de chamar a atenção
de que existem impactos negativos fora da cidade de Lisboa e também
temos de olhar para eles”, explicou.De
acordo com o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(IPMA), em termos de intensidade de chuva, o dia de hoje não foi mais
gravoso do que na passada quarta-feira.Segundo
Miguel Miranda, na semana passada foram registados em termos de
intensidade de pluviosidade 47 milímetros por hora e hoje 30 milímetros
por hora, mas prolongou-se por mais tempo.“Foi
diferente [esta madrugada], foi mais longo, foi. Foi mais persistente,
mas menos intenso. Alguns efeitos até foram inferiores porque as
autoridades locais estavam muito mais preparadas. Os túneis foram
fechados e as rotundas ocupadas com a Polícia Municipal. Foi bem feito,
mas a chuva foi persistente durante várias horas. Claro que criou
alagamentos e muito mais situações”, disse.Por
isso, acrescentou, existiu “o aviso vermelho durante a noite exatamente
para chamar a atenção de que se iam ultrapassar as seis horas seguidas
com precipitação intensa”.Miguel Miranda referiu que na quarta-feira deverá registar-se um desagravamento da situação.“Poderá
haver um desagravamento, mas basta olhar para o Atlântico Norte para
ver outra depressão a progredir em nossa direção, o sistema de sucessões
de depressões que atingem o continente português não está parado.
Estamos a ver no Atlântico Norte a formar-se outra situação semelhante
cujo impacto estamos ainda por determinar”, salientou.O presidente do IPMA disse ainda que irão fazer “sair a informação logo que a tenham”.A
chuva intensa que caiu hoje de madrugada e de manhã na região de
Lisboa, Setúbal e Alentejo causou inundações e lençóis de água, que
obrigaram ao corte de dezenas de vias e de algumas linhas ferroviárias.A
Proteção Civil nacional apelou hoje de manhã aos cidadãos para
restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que
provocou durante a noite centenas ocorrências nos distritos de Lisboa e
Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.