"Espião nuclear" Mordechai Vanunu libertado após três meses de prisão

8 de ago. de 2010, 13:14 — Lusa / AO online

Vanunu foi condenado em dezembro a três meses de prisão por violar uma ordem que o proibia de entrar em contacto com estrangeiros, incluindo jornalistas. O israelita foi detido em dezembro num hotel de Jerusalém Oriental e, segundo o 'site' Y-Net, deveu-se ao contacto com uma cidadã norueguesa. A sentença de Vanunu começou a ser cumprida a 23 de maio. Preso pela primeira vez em 1986, o dissidente israelita cumpriu então 18 anos de prisão por ter entregue dados confidenciais do programa nuclear israelita e fotografias do centro de pesquisa nuclear de Dimona, deserto do Negev, ao jornal britânico Sunday Times. Foi com base nas informações de Vanunu que especialistas concluíram que Israel tinha o sexto maior arsenal nuclear do mundo. Israel nunca reconheceu a existência de um arsenal nuclear. Em fevereiro, o antigo técnico nuclear israelita recusou uma segunda vez figurar entre os candidatos ao prémio Nobel da Paz. A razão apresentada por Vanunu é que "não está interessado na possibilidade de receber um prémio que (o Presidente israelita) Shimon Peres recebeu, uma vez que considera Shimon Peres o pai da bomba atómica israelita", referiu então a presidente do Instituto Nobel.