Espanha mantém pensões indexadas à inflação e cria subsídio para empregadas domésticas
5 de set. de 2022, 14:45
— Lusa/AO Online
Sobre o subsídio de desemprego
para pessoas que fazem trabalhos domésticos, Sánchez disse que se trata
de "acabar com uma injustiça absolutamente inaceitável", de responder a
um apelo com "bastantes anos" da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) e de cumprir uma promessa do Governo espanhol para este mandato.O
líder do Governo de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, fez o anúncio
durante uma iniciativa nos jardins do Palácio da Moncloa, sede do
Executivo, em Madrid, em que respondeu a questões de cidadãos, momento
com que pretendeu marcar o arranque do novo ano político, depois das
férias do verão.Sánchez garantiu que nesta
legislatura, que termina no final de 2023, o Governo continuará a
adotar medidas para a "dignidade laboral e a dignidade salarial".Neste
contexto, reafirmou o objetivo de o salário mínimo nacional ser 60% do
salário médio em Espanha e disse que a atualização das pensões se
manterá indexada à inflação, que disparou nos últimos meses e em Espanha
está acima dos 10%.A "dignidade laboral"
também contribui para alimentar o sistema de pensões e para o equilíbrio
da segurança social, defendeu, explicando que com maiores salários, há
também maiores descontos dos trabalhadores.O salário mínimo em Espanha são 1.000 euros e o salário médio bruto em 2021 foi 1.751 euros. Sánchez
disse ser "preciso reconhecer" que a resposta à crise energética e à
crise inflacionista atual, tal como aconteceu com a pandemia de
covid-19, "pode ser perfeitamente diferente" daquela que foi dada à
crise financeira, quando "milhões de pessoas foram condenadas a
trabalhos pobres" e houve uma "descapitalização do mercado de trabalho"
com a emigração a que foram "obrigados" milhares de jovens qualificados."Espanha não pode reeditar, no meu entender essas políticas erradas", defendeu.