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Ucrânia
Espanha afirma que ataque da Rússia não deve ficar impune

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, alertou que a "violação flagrante” do direito internacional exercida pela Rússia, com o ataque à Ucrânia, “não deve ficar impune” e afirmou que Espanha se “esforçará para restabelecer a paz”.


Autor: Lusa/AO Online

Numa declaração institucional após a reunião do Conselho de Segurança Nacional presidido pelo Rei no Palácio da Zarzuela, Sánchez garantiu que Espanha defenderá a legalidade internacional e exigiu ao Presidente russo, Vladimir Putin, o cessar das hostilidades.

O chefe do Executivo classificou como “inaceitáveis”, “injustas” e “muito graves” as ações militares da Rússia, “uma potência nuclear” – disse - que “violou a lei internacional, iniciou a invasão de um país vizinho e ameaçou, com represálias, qualquer nação que socorra o país agredido”.

Na sua opinião, além de ser uma violação flagrante do direito internacional e da soberania internacional e integridade territorial da Ucrânia, é “um ataque frontal aos princípios e valores, acima de todos da paz, que proporcionaram à Europa anos de estabilidade e prosperidade”.

Sánchez sublinhou que esta crise afeta equilíbrios que vão muito além dos países envolvidos diretamente e terá consequências de grande alcance.

O chefe do Governo destacou que Espanha e a União Europeia partilham valores que sobreviverão a esta crise, como a paz, o respeito e a legalidade internacional, a solidariedade e a cooperação humanitária.

"Espanha defenderá a legalidade internacional. Espanha irá esforçar-se pelo restabelecimento da paz. Espanha mostrar-se-á solidária com as populações afetadas por este conflito”, assegurou, antes de afirmar que há que tentar travar o quanto antes esta agressão.

A isto se dirige um primeiro pacote de sanções aprovado pela UE porque o Governo de Vladimir Putin deve saber que as suas ações “não podem ficar, não devem ficar, impunes”, sustentou.

Após recordar a reunião que manterão hoje em Bruxelas os líderes europeus para acordar essas sanções, garantiu a solidariedade com o povo ucraniano com ajuda financeira, investimentos e material sanitário.

O presidente do Governo explicou que informou o líder da oposição, Pablo Casado, da situação e que comparecerá no Congresso na quarta-feira para dar conta das decisões europeias sobre este conflito.

Sánchez recordou que há cerca de 320 espanhóis na Ucrânia e assegurou que o Governo prestará a ajuda necessária a todos e proporcionará a informação disponível sobre as possibilidades de abandonar o país “quando a situação o permitir”.