Espanha afirma que ataque da Rússia não deve ficar impune
Ucrânia
24 de fev. de 2022, 17:30
— Lusa/AO Online
Numa
declaração institucional após a reunião do Conselho de Segurança
Nacional presidido pelo Rei no Palácio da Zarzuela, Sánchez garantiu que
Espanha defenderá a legalidade internacional e exigiu ao Presidente
russo, Vladimir Putin, o cessar das hostilidades. O
chefe do Executivo classificou como “inaceitáveis”, “injustas” e “muito
graves” as ações militares da Rússia, “uma potência nuclear” – disse -
que “violou a lei internacional, iniciou a invasão de um país vizinho e
ameaçou, com represálias, qualquer nação que socorra o país agredido”.Na
sua opinião, além de ser uma violação flagrante do direito
internacional e da soberania internacional e integridade territorial da
Ucrânia, é “um ataque frontal aos princípios e valores, acima de todos
da paz, que proporcionaram à Europa anos de estabilidade e
prosperidade”. Sánchez sublinhou que esta
crise afeta equilíbrios que vão muito além dos países envolvidos
diretamente e terá consequências de grande alcance.O
chefe do Governo destacou que Espanha e a União Europeia partilham
valores que sobreviverão a esta crise, como a paz, o respeito e a
legalidade internacional, a solidariedade e a cooperação humanitária."Espanha
defenderá a legalidade internacional. Espanha irá esforçar-se pelo
restabelecimento da paz. Espanha mostrar-se-á solidária com as
populações afetadas por este conflito”, assegurou, antes de afirmar que
há que tentar travar o quanto antes esta agressão.A
isto se dirige um primeiro pacote de sanções aprovado pela UE porque o
Governo de Vladimir Putin deve saber que as suas ações “não podem ficar,
não devem ficar, impunes”, sustentou.Após
recordar a reunião que manterão hoje em Bruxelas os líderes europeus
para acordar essas sanções, garantiu a solidariedade com o povo
ucraniano com ajuda financeira, investimentos e material sanitário.O
presidente do Governo explicou que informou o líder da oposição, Pablo
Casado, da situação e que comparecerá no Congresso na quarta-feira para
dar conta das decisões europeias sobre este conflito. Sánchez
recordou que há cerca de 320 espanhóis na Ucrânia e assegurou que o
Governo prestará a ajuda necessária a todos e proporcionará a informação
disponível sobre as possibilidades de abandonar o país “quando a
situação o permitir”.