Escolas encerradas e serviços afetados na saúde nos Açores devido à greve da função pública
18 de nov. de 2022, 14:07
— Lusa/AO Online
O coordenador regional do
Sindicato dos Trabalhadores em Funções Publicas e Sociais do Sul e
Regiões Autónomas, João Decq Mota, adiantou que nos três hospitais dos
Açores (localizados nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial) há
"vários serviços encerrados", devido à paralisação, estando a ser
assegurados os serviços mínimos."Prevemos
que nos três hospitais a greve possa ser superior aos 70% ao nível do
pessoal operacional e administrativos", acrescentou o dirigente
sindical.João Decq Mota assinalou ainda
que "há muita adesão nas escolas" e que a maioria dos estabelecimentos
de ensino de São Miguel e Terceira estão encerrados, enquanto no Faial
não abriram “as principais escolas". "A
greve é um sinal claro que também aqui nos Açores é urgente valorizar os
salários", sustentou João Decq Mota, considerando que os trabalhadores
"responderam afirmativamente" à paralisação porque "estão descontentes
com o que se está a passar em termos da administração pública".Pois,
acrescentou, "o acordo feito com o Governo e com os sindicatos afetos a
UGT é um acordo que, a ser aplicado, só vai empobrecer ainda mais os
trabalhadores".A Lusa contactou o Governo Regional, mas não foi possível apurar até ao momento percentagens de adesão à greve nos Açores.A
greve foi convocada para hoje, a uma semana da votação final global da
proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos
salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a
administração pública no próximo ano.A
Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo
de 100 euros” para a administração pública no próximo ano e acredita
que ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar da votação do
OE2023 acontecer já na próxima semana.