Escolaridade do ensino superior entre os 30 e 34 anos ultrapassou os 45% no 2.º trimestre de 2021
12 de ago. de 2021, 08:21
— Lusa/AO Online
De
acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE),
divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
(MCTES), a percentagem de diplomados pelo ensino superior entre os 30 e
os 34 anos fixou-se nos 45,5%, mais do que os 43% alcançados no final
do ano passado, que representaram na altura um máximo histórico.Com
este resultado, Portugal mantém-se acima da meta europeia de 40%
assumida no âmbito da Estratégia Europa 2020 e reforça a tendência
crescente registada nos últimos anos.Comparativamente
ao mesmo período de 2019, o crescimento foi de seis pontos percentuais
e, em relação a 2015, 15 pontos percentuais, o equivalente a 60 mil
pessoas nessa faixa etária com o ensino superior concluído.Nos
últimos sete anos, houve também um aumento da população ativa com
ensino superior, que se fixou em 1,7 milhões no 2.º trimestre deste ano,
mais 450 mil (39%) face ao período homologo de 2015.“Este
resultado confirma o claro reforço da qualificação da população
residente em Portugal nos últimos anos em consonância com os mais
recentes dados de diplomados e em associação com a prioridade política
conferida ao alargamento efetivo da base social de apoio ao conhecimento
e ao ensino superior”, sublinha a tutela.No
ano letivo de 2019/2020, Portugal registou um máximo histórico no
número de diplomados: as instituições emitiram 85.799 diplomas, mais
4.661 do que no ano letivo anterior (6%), o quarto crescimento anual
consecutivo e o maior, em percentagem, desde 2006/2007.No
mesmo comunicado, a tutela congratula-se com os resultados positivos,
destacando medidas como a celebração dos “contratos de legislatura” em
2016 e em 2019 “que possibilitaram aumentar o apoio continuado às
instituições de ensino superior”.O
MCTES refere ainda o reforço da diversificação e especialização de
diferentes perfis de oferta, com a valorização social do ensino
politécnico e o estímulo à coesão territorial através do conhecimento,
bem como a adequação das regras de acesso ao ensino superior.Destaca
também o reforço do apoio social e das condições para alojamento dos
estudantes, a redução efetiva da despesa das famílias e, no âmbito da
ciência, o reforço da cultura científica da população e a diversificação
das formas de ensino, investigação e inovação.Por
outro lado, apesar de reconhecer a persistência de desigualdades no
acesso ao ensino superior, o Governo considera que “o caminho percorrido
deve-nos orgulhar e deve ser continuado e reforçado”.Entre
as medidas mais recentes, destaca o estímulo à inclusão social dirigido
a minorias e aos cidadãos com necessidades educativas especiais e o
estímulo ao ingresso no ensino superior dos estantes provenientes das
vias profissionalizantes do secundário.