Erdogan pede a Putin cessar-fogo imediato em telefonema

Ucrânia

6 de mar. de 2022, 14:26 — Lusa /AO Online

"Vamos abrir o caminho para a paz juntos", disse Erdogan a Putin, numa conversa telefónica que durou uma hora.Segundo a agência noticiosa EFE, a Presidência turca informou que, durante a conversa, Erdogan destacou a importância de uma trégua, para aliviar a crise humanitária e permitir uma solução negociada.Por sua vez, Vladimir Putin assegurou ao Presidente turco que "a operação especial", como Moscovo classifica a invasão da Ucrânia, só vai parar se Kiev abandonar a resistência e aceitar as exigências russas, segundo a agência estatal russa RIA Novosti, citando fontes do Governo.A mesma fonte indicou que Putin explicou a Erdogan que está disposto a dialogar, com a condição de que a Ucrânia aceite a sua desmilitarização, "desnazificação" e o compromisso de ser um país neutro, sem tentativas de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).Na conversa, Erdogan disse que um cessar-fogo geral "não só aliviaria as preocupações humanitárias na região, mas também permitiria a busca de uma solução política", informou o gabinete de comunicação do Presidente turco.O Presidente turco assegurou que continua a envidar esforços para levar a cabo negociações e que "está disposto a dar qualquer contribuição para a solução do problema da Ucrânia, o mais rapidamente possível, através de métodos pacíficos".A Presidência turca destacou que Erdogan também discutiu a situação criada pela invasão russa da Ucrânia hoje em conversas telefónicas com outros líderes, como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.