ERC vai apresentar ao parlamento proposta de alteração à Lei de Imprensa em 2023
19 de ago. de 2022, 17:11
— Lusa/AO Online
Esta
informação consta no Plano de Atividades para 2023, documento aprovado
em reunião extraordinária do Conselho Regulador."Tendo em conta a evolução dos
normativos internacionais aplicáveis aos media e a correspondente
exigência de adaptação da legislação nacional, assim como o desfasamento
de alguns dispositivos legais internos face ao novo contexto
comunicacional, a ERC procurará sensibilizar o poder legislativo para a
necessidade de revisão do quadro regulatório, apresentando quando
oportuno as suas propostas de alteração", refere o regulador.Ora,
"uma das leis enquadradoras da atividade dos media que maior
obsolescência vem revelando é a Lei de Imprensa", pelo que a "ERC
apresentará à Assembleia da República, em 2023, uma proposta de
alteração legislativa com o objetivo de ultrapassar os atuais
constrangimentos regulatórios". A ERC
salienta que "interessa identificar novos modelos de comunicação social e
distinguir as respetivas atividades de outras formas de comunicação,
incluindo as prosseguidas por utilizadores particulares, que não supõem
especial responsabilidade social". A
questão, diz, "coloca-se desde logo no domínio da classificação e do
registo dos órgãos de comunicação social e projeta-se na definição do
próprio âmbito da regulação do exercício das atividades dos media". A
proposta da ERC "insere-se na atividade que tem vindo a desenvolver,
com outros parceiros institucionais, entre os quais o Sindicato dos
Jornalistas e a Comissão da Carteira Profissional do Jornalista, com o
fim de assegurar, perante o público, a necessária distinção entre órgãos
de comunicação social e outras formas de comunicação pública", remata.O
programa de Governo, divulgado em 01 de abril, apontava para a revisão
da Lei de Imprensa, "ajustando-a aos desafios da era digital e às novas
realidades mediáticas, enquanto pilar da liberdade de imprensa".O
antigo secretário de Estado com a tutela dos media, Nuno Artur Silva,
tinha avançado à Lusa, em 12 de julho do ano passado, que tinha sido
constituído um grupo de trabalho sobre a revisão da Lei de Imprensa, o
qual iria fazer um levantamento sobre o valeria a pena ter em conta
quando se pensar numa alteração ao diploma.