Equipa portuguesa vence prémio internacional com nova abordagem a doenças pulmonares

Saúde

19 de dez. de 2008, 15:22 — Lusa/AO Online

 O Prémio Robalo Cordeiro - Associação de Estudos Respiratórios/GlaxoSmithKline, dotado de 25.000 euros, foi entregue à equipa liderada pela professora da Universidade de Coimbra Filomena Botelho e que integrou ainda Alcides Marques, Célia Gomes, Ferreira da Silva, Vasco Bairos, Santos Rosa, Antero Abrunhosa e Pedroso de Lima.     “Este prémio valoriza a cultura científica e a actividade científica em Portugal. Os investigadores não trabalham para receber prémios, mas a relevância da sua actividade também se expressa desta maneira”, afirmou o reitor da Universidade de Coimbra, na sessão de entrega do galardão.     Seabra Santos expressou ainda “profundo reconhecimento” da instituição que dirige pela “qualidade do trabalho” da equipa vencedora, que “espelha o que se faz na Universidade de Coimbra e na comunidade universitária nacional”.     “Nanoradioliposomas modulados molecularmente para estudar a drenagem linfática profunda pulmonar” consiste num novo método desenvolvido para visualizar especificamente a rede de vasos linfáticos pulmonares profundos através de nanoradioliposomas administrados por via respiratória.     No que se reporta às doenças pulmonares, particularmente tumorais, este método possibilita a abordagem aos níveis de diagnóstico e tratamento. Ao nível do tratamento pode transportar os medicamentos de forma a que estes actuem no local das lesões, aumentado assim a eficácia terapêutica e diminuindo os efeitos secundários.     O prémio, que tem como patrono o professor jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Robalo Cordeiro, é bianual e dirige-se a investigadores dos países da União Europeia e de língua oficial portuguesa.     Para o antigo presidente da Assembleia da República Almeida Santos, que participou na sessão de entrega do prémio, estes galardões “são um estímulo para fazer avançar a ciência”.     Fontes Baganha, que apresentou o patrono do prémio, Robalo Cordeiro, disse que ele “tentou dar alma à medicina e uma consciência à ciência”, inaugurando no seu tempo “uma nova era no ensino, investigação e na prática clínica”.