Época balnear arranca hoje nos Açores mas sem coimas
Covid-19
1 de jun. de 2021, 10:34
— Lusa/AO Online
Nos Açores, as datas de início
e de fim da época balnear, bem com a respetiva duração, variam de
concelho para concelho e, por vezes, são distintas dentro do mesmo
município.O diretor regional dos Assuntos
do Mar, Pedro Manuel Mendonça das Neves, adiantou à agência Lusa que a
época balnear tem início hoje e as primeiras zonas balneares a abrirem
ao público situam-se nos concelhos de Ponta Delgada e Povoação, na ilha
de São Miguel, concelhos das Lajes e da Madalena, na ilha do Pico,
concelho da Calheta, em São Jorge, e concelho da Praia da Vitória, na
ilha Terceira. Segundo Pedro Neves, a
"abertura oficial das praias decorre de 01 de junho a 03 de julho,
enquanto que o encerramento acontece de 31 de agosto a 30 de setembro,
com exceção do Ilhéu de Vila Franca do Campo [em São Miguel] cujo fecho
aos visitantes termina a 14 de outubro"."A época balnear arranca a meados de junho na maioria das praias e, concretamente, em 32 no dia 01 de junho", precisou.Este
ano, segundo o governante, "foram identificadas 82 águas balneares,
seis das quais pela primeira vez", o que "evidencia o esforço feito
pelas entidades gestoras para aumentarem e diversificarem a oferta
balnear". De acordo com a legislação
regional em matéria de gestão das zonas balneares, a vigilância por
nadadores-salvadores deve ser assegurada nas praias com águas balneares
identificadas.O diretor regional dos
Assuntos do Mar disse ainda à Lusa que "à semelhança do ano passado,
está a ser ultimado um manual de utilização e gestão das zonas balneares
dos Açores, no contexto da pandemia por Covid-19". "Este
documento de aplicação temporária e excecional, pretende definir boas
práticas e linhas orientadoras de utilização das zonas balneares dos
Açores, permitindo, simultaneamente, minimizar o risco de propagação da
doença e a fruição da prática balnear em segurança", explicou, frisando
que o manual "tem natureza recomendatória, sem moldura sancionatória ou
impositiva associada".O manual visa "a
responsabilização dos utentes na adoção de medidas preventivas e a
definição de linhas de ação para as entidades gestoras, para que essas
medidas possam ser efetivamente postas em prática", acrescentou,
referindo que, devido à "multiplicidade das condições existentes no
terreno, implica que as linhas orientadoras sejam adaptadas às
especificidades de cada zona balnear, em função do contexto local e de
ilha".Na região "a duração média da época
balnear é de cerca de 100 dias", estando "a maioria das zonas balneares a
funcionar no período de 15 de junho a 15 de setembro", segundo
informação da secretaria regional do Mar e das Pescas. A
duração da época balnear para cada zona balnear "é definida, pela
respetiva entidade gestora, em função dos períodos em que se prevê uma
grande afluência de banhistas", tendo em conta as condições climatéricas
e as características geofísicas de cada zona ou local, e os interesses
sociais ou ambientais próprios do local", explicou o diretor regional.O
presidente da Associação de Nadadores Salvadores dos Açores (ANSA),
Roberto Sá, assegurou estar "tudo a postos" para o arranque da época
balnear com "toda a logística organizada", apontando, no entanto, para
atrasos no plano traçado em termos de formação, devido à pandemia de
covid-19.A "Covid-19 prejudicou imenso em
termos de formações dos nadadores-salvadores", afirmou, referindo que
"houve períodos em que aumentaram ou diminuíram as medidas restritivas
devido à pandemia"."E, quando as medidas
restritivas foram intensificadas, os complexos de piscinas também
acabaram por fechar impedindo fazer a formação na data traçada, em
particular em São Miguel", explicou Roberto Sá.O
responsável assegurou que as medidas implementadas no ano passado
devido ao contexto de pandemia "foram suficientes" e não ocorreu
"qualquer tipo de problema", alegando que os banhistas cumpriram as
regras estabelecidas. Há "uma média de 150 nadadores salvadores na região", segundo indicou Roberto Sá.