"Entendimento à direita é "marco histórico" para a região autónoma "
Açores/Eleições
3 de nov. de 2020, 11:11
— Lusa/AO Online
Os
sociais-democratas anunciaram um princípio de acordo com o CDS-PP e
os monárquicos para a formação de um governo nos Açores resultante das
eleições de 25 de outubro.“É um marco
histórico para a democracia açoriana”, vincou Francisco Rodrigues dos
Santos, em comunicado divulgado, acrescentando que o partido é uma força
política que “soma e acrescenta”.O partido soube “interpretar, desde o início, o sentido de mudança dos açorianos”, prosseguiu o líder dos centristas.A solução governativa apresentada para aquela região autónoma é, por isso, “o passaporte para a mudança”. Francisco
Rodrigues dos Santos disse ainda que o CDS é “insubstituível” e que as
eleições nos Açores são uma prova de vida do partido.“Os açorianos desejaram mudar. E sabem que contam com o CDS”, afirmou o dirigente partidário.O
anúncio foi feito hoje pelo líder do PSD naquela região, José Manuel
Bolieiro, acompanhado dos dirigentes do CDS-PP e do PPM nos Açores,
Artur Lima e Paulo Estêvão, respetivamente, na cidade da Horta, ilha do
Faial, sede do parlamento açoriano."A seu
tempo desenvolveremos todos os contactos e declarações que se mostrem
úteis para este processo", afirmou José Manuel Bolieiro. O
dirigente do PSD/Açores disse que esta é uma “proposta de governação
profundamente autonómica", de um "governo dos Açores para os Açores" e
com "total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do
povo".O PS venceu as eleições regionais
nos Açores, elegendo 25 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa
Regional, mas um bloco de direita, numa eventual aliança (no executivo
ou com acordos parlamentares) entre PSD, CDS-PP, Chega, PPM e Iniciativa
Liberal poderá funcionar como alternativa de governação na região,
visto que uma junção de todos os parlamentares eleitos por estes
partidos dar 29 deputados (o necessário para a maioria absoluta).O PAN, que também elegeu um deputado, pode também viabilizar parlamentarmente um eventual governo mais à direita.