Ensino profissional nos Açores aumenta cursos e vagas no próximo ano letivo
15 de jun. de 2022, 14:58
— Lusa/AO Online
“No próximo ano
letivo, vamos ter 42 cursos profissionais. Estes cursos poderão abranger
800 alunos”, adiantou a titular da pasta da Qualificação Profissional
nos Açores, Maria João Carreiro, à margem de uma visita à Escola
Profissional da Praia da Vitória, na ilha Terceira.O
número de cursos disponibilizados pelas 17 escolas profissionais da
região aumenta de 36 para 42, havendo também um reforço no número de
vagas.Segundo Maria João Carreiro, houve
uma articulação entre o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) e as escolas
para que os cursos respondam às “reais necessidades do mercado” e para
que não exista uma repetição de cursos nas diferentes instituições de
ensino.“Queremos oferecer formação, seja
no âmbito do ensino regular, seja no âmbito do ensino profissional, que
não colida, mas que se complemente. É importante atender às necessidades
reais do mercado. Queremos formar os jovens para integrar o mercado de
trabalho. Há esta articulação e as escolas têm sido parceiros fulcrais,
essenciais nesta ação”, salientou.Questionada
sobre as dificuldades financeiras das escolas profissionais, a
secretária regional da Qualificação Profissional disse que o executivo
açoriano já encomendou um estudo sobre a sustentabilidade destas
instituições de ensino.“Entendemos que as
escolas, no âmbito da sua autonomia, também têm de criar uma forma de
sustentabilidade e o Governo, como parceiro, pretende perceber
como poderá ser dado esse apoio e que estratégia terá de ser
desenvolvida para a sustentabilidade financeira das próprias escolas”,
avançou.Maria João Carreiro lembrou que o
executivo já apoia as escolas profissionais, através do Fundo Social
Europeu e de contratos-programa, mas disse que é preciso “criar
mecanismos” para tornar as escolas mais sustentáveis, que poderão
passar, por exemplo, por uma “agregação”.“O
nosso objetivo é apoiar as escolas profissionais, porque entendemos que
são parceiras essenciais. Tem de haver critérios”, sublinhou.As
candidaturas para o próximo ano letivo nas escolas profissionais já
estão abertas e a secretária regional defendeu que é preciso “abrir a
escola à comunidade” e “dar a conhecer as ofertas que existem”.“Temos
de esclarecer os nossos jovens, esclarecer os seus pais, que o ensino
profissional é uma opção válida, digna e paralela ao ensino regular. O
facto de ir para o ensino profissional não significa que não possa
prosseguir os seus estudos”, afirmou.“Ao
optar pelo ensino profissional estou a adquirir competências mais
técnicas e práticas, que me permitam ingressar no mercado de trabalho a
curto trecho, mas não invalida que ingresse depois no ensino superior”,
acrescentou.