Endividamento dos Açores "limitado" a 170 ME no Plano do Governo Regional para 2022
2 de nov. de 2021, 15:54
— Lusa/AO Online
Na sequência da
apresentação da proposta de Plano dos Açores para 2022, hoje, à
Assembleia Legislativa Regional, o Governo dos Açores referiu, em
comunicado, que o endividamento público “será limitado aos 170 milhões
de euros, inferior a 2021, o considerado estritamente necessário a
garantir a plena execução de projetos com cofinanciamento europeu e para
fazer face aos efeitos diretos e indiretos provocados pela pandemia”.De
acordo com o executivo, citado em nota de imprensa, “esta redução do
montante do endividamento é uma das alterações em relação à anteproposta
apresentada ao Conselho Económico e Social dos Açores e aos Conselhos
de Ilha”. “As alterações introduzidas
resultam do acolher, pelo Governo Regional, das propostas e observações
manifestadas no decurso deste processo consultivo”, descreve.Incluem
“incluem mudanças na educação, na proteção da orla costeira, na
requalificação de infraestruturas portuárias, nos incentivos à
natalidade, na proteção civil, em particular investimentos nas
corporações de bombeiros, na segurança alimentar, na promoção dos
lacticínios dos Açores, na promoção das profissões tradicionais e em
boas práticas ambientais”, refere o executivo de coligação PSD-CDS-PPM.Segundo
o Governo liderado por José Manuel Bolieiro, o Plano de 2022 “irá
permitir a execução de um novo ciclo de fundos comunitários,
consubstanciados no Plano de Recuperação e Resiliência e dos novos
programas operacionais”.A componente do
documento executada diretamente pelo Governo Regional “representa um
claro compromisso com a realização do investimento público necessário
para alavancar a retoma nos Açores, numa fase de transição da luta
contra a pandemia de Covid-19 para o relançamento económico”,
acrescenta. O executivo regional
salvaguarda que “em 2022 serão prosseguidas as reformas já encetadas em
2021, nomeadamente a reestruturação do setor público empresarial
regional, e, a nível da despesa pública, mantém-se o esforço de
contenção das despesas de funcionamento, as quais decrescem 4,4% face ao
valor orçamentado para 2021”.Para o
Governo dos Açores, esta proposta “responde às necessidades da região no
momento atual, assegurando a consolidação orçamental, a
sustentabilidade das finanças públicas e o crescimento económico em
convergência com a União Europeia”.A 26 de
outubro, o deputado da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento açoriano,
Nuno Barata, que detém um acordo de incidência parlamentar com o PSD,
anunciou que votaria contra o atual Plano e Orçamento para 2022 se não
fosse garantido que a SATA Internacional não coloca em causa a
viabilidade financeira da SATA Air Azores, e se não se reduzisse “o
plano e o nível de endividamento previsto”, para cerca de "metade dos
cerca de 300 milhões de euros” contemplados na anteproposta.A
29 de outubro, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel
Bolieiro, disse que as antepropostas de Plano e Orçamento da região para
2022 estavam a sofrer alterações devido a “contextos políticos e
sociais”.