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EBI Canto da Maia
Encontro com a escritora: Sónia Sousa

A Biblioteca Escolar Emanuel Jorge Botelho, pertencente à EBI Canto da Maia, promoveu, nos vários núcleos da unidade orgânica, nos dias 2, 5, 6, 7 e 8 de maio de 2025, sessões de leitura encenada da obra O que doí mais: a mentira ou a dor de dentes? da autoria de Sónia Sousa, natural da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel.


Autor: EBI Canto da Maia

Da sua autoria, destacamos as obras Era uma vez…mais uma vez, O Guirilampo, Chega e A Menina que desenhava corações.

Depois do sucesso destas obras, Sónia Sousa presenteia-nos com O que doí mais: a mentira ou a dor de dentes? um livro escrito para crianças, mas também dirigido a adultos com responsabilidade na educação de crianças, nomeadamente ao nível da personalidade.

Nesta obra, ilustrada por Rui Moniz, destaca-se o forte diálogo entre o texto escrito e o texto icónico. Muito além do assunto da dentição ou da higiene oral, levanta-se a questão ética com a qual nos debatemos diariamente: a clássica dialética entre a verdade e o amor. No fundo, a resposta às questões: o que é mais importante: a autenticidade e o respeito? Ouvir a verdade sem amor não será mais doloroso que ouvir uma mentira? (“Ela mentiu aos meus amiguinhos todos. […]. Ela disse que eu lhe tinha chamado nomes feios e que lhe tinha comido o lanche. Mas não fui eu. Eu não fiz nada disso.”) e (“disse que ela tinha os dentes sujos e … fiquei de castigo.”). Na obra, a irreverente Valentina sente-se injustiçada por ser acusada de algo que não fizera e procura o Tio Engenhocas que, com carinho e ternura, tenta conduzi-la numa reflexão sobre a importância de dizer sempre a verdade, embalando-a nas palavras de alguns poemas que de uma caixinha de música saem em forma de canção.

Afinal, a que conclusão chegará Valentina? Será profícuo para ela começar a dizer mentiras? Ou prevalecerá a sabedoria no saber agir? Valerá a pena dizer sempre a verdade?
As perguntas ficam em aberto e as respostas nas páginas deste livro maravilhoso, das quais transborda a verdade do amor.

É incontestável o papel do bom livro infantil no desenvolvimento da criança a vários níveis, pois “a literatura não é (…) um passatempo. É uma nutrição» (Meireles, 1984: 32).

A leitura efetuada de forma regular e acompanhando o crescimento da criança desde a mais tenra idade, para além de lhe proporcionar fruição estética, tanto ao nível da língua (competência linguística e enriquecimento do vocabulário) como da imagem, estimula a imaginação e a criatividade, amplifica a sua compreensão do mundo, aguça-lhe a curiosidade e ativa-lhe o espírito crítico, numa perspetiva dialógica do conhecimento.