Empresas só podem subir salários se produtividade aumentar
7 de jun. de 2022, 12:35
— Lusa/AO Online
“Só
através de aumentos da produtividade é que os rendimentos, nomeadamente
os rendimentos salariais, poderão crescer de forma sustentável, sem
prejudicar a competitividade das empresas e o seu futuro”, disse o líder
da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), numa mensagem de vídeo
transmitida no 8.º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar.António
Saraiva defendeu que não se pode distribuir a riqueza que não é
produzida pelas empresas, reforçando que só produzindo “mais e melhor” é
possível vencer nos mercados e gerar um rendimento que venha a permitir
satisfazer as legítimas aspirações e necessidades do país.As
declarações do presidente da CIP surgem depois de o primeiro-ministro
ter apelado às empresas para que contribuam para um esforço coletivo de
aumento dos salários dos portugueses, no sentido de uma “maior justiça
nas políticas remuneratórias que praticam”, sublinhando que, na União
Europeia, o peso dos salários no conjunto da riqueza nacional é de 48% e
em Portugal é de 45%.Na sessão de
abertura do 18.º Encontro Nacional de Associações Juvenis (ENAJ) - Fórum
Nacional “Ativar Mais”, António Costa sublinhou que, na União Europeia,
o peso dos salários no conjunto da riqueza nacional é de 48% e em
Portugal é de 45%. “Isso significa o quê?
Que nós temos que nos próximos quatro anos conseguir fazer todos em
conjunto, a sociedade, o Estado, as empresas, o esforço para que o peso
do nosso salário, dos salários dos portugueses, no conjunto do Produto
Interno Bruto, seja pelo menos idêntico àquele que existe na média
europeia, ou seja, subir dos 45 para os 48%, o que implica um aumento de
20% no salário médio do nosso país”, afirmou o primeiro-ministro para
uma plateia de cerca de mil jovens e dirigentes associativos.