Autor: Lusa /AO Online
A plataforma foi lançada esta segunda-feira e “neste momento já estão carregadas mais de duas mil ofertas de emprego, o que mostra bem a dinâmica das empresas que estão a aderir”, precisou Ana Mendes Godinho, no final de um Conselho de Ministros extraordinário.
Ana Mendes Godinho deixou um apelo para que as empresas continuem a disponibilizar as suas ofertas de emprego (o que podem fazer em www.iefp.pt/portugal-for-ukraine), salientando que o Instituo do Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem neste momento uma ‘task force’ mobilizada para garantir o “melhor ‘match’ [adequação] possível” entre as qualificações e perfil dos ucranianos que vão chegando a Portugal e as necessidades das empresas.
“Estamos a fazer uma personalização das propostas entre as necessidades e as qualificações, procurando uma visão integrada e articulada entre todas as entidades desde que a pessoa chega Portugal”, disse a ministra.
O Governo aprovou hoje um mecanismo simplificado para a obtenção de proteção temporária por parte de refugiados ucranianos, prevendo que os cidadãos que cheguem a Portugal tenham a garantia de ficar em situação regular, sendo-lhes atribuído de forma automática número de identificação fiscal (NIF), número de identificação da Segurança Social (NISS) e número de utente do Serviço Nacional e Saúde (SNS).
O objetivo é garantir uma resposta articulada tendo em conta as necessidades básicas dos refugiados em termos de habitação, emprego, acesso a cuidados de saúde, proteção social e ensino.
Em resposta aos jornalistas, Ana Mendes Godinho precisou que as mais de duas mil ofertas de emprego disponíveis surgiram de todo o país, sendo que as áreas com mais ofertas são a tecnológica, transportes, setor social, turismo e construção civil.
Ana Mendes Godinho referiu ainda que o trabalho de mapeamento das competências de trabalhadores ucranianos que está a ser feito pela ‘task force’ não abrange apenas a plataforma mais específica de ofertas que foi criada no início desta semana no âmbito da iniciativa do Governo ‘Portugal for Ukraine’, mas envolve também a generalidade das ofertas de emprego submetidas no site deste instituto.
O acompanhamento aos ucranianos que cheguem a Portugal está também a ser feito no sentido de responder a necessidades de formação destas pessoas nomeadamente de cursos de língua portuguesa “para que haja logo uma formação básica”.
Além disto, precisou, aplicam-se à contratação destas pessoas as regras das medidas de apoio à contração existentes em Portugal para qualquer cidadão em situação regular.
A par da vertente laboral, o mapeamento que está a ser feito procura identificar em simultâneo vagas em escolas e creches e disponibilidade de habitação, tendo a ministra salientado que o país está igualmente preparado para acolher casos de menores não acompanhados.