Empresários querem planeamento para assegurar valor pleno do PRR
18 de set. de 2024, 10:32
— Lusa/AO Online
Mário Fortuna, presidente da CCIA,
refere que no âmbito de recapitalização das empresas dos Açores,
centrado no PRR, a execução “tem sido muito lenta”, daí a necessidade de
definição de um planeamento para “garantir que se utiliza a totalidade”
dos 125 milhões de euros.A direção da
CCIA foi recebida pelo presidente do Governo dos Açores no âmbito da
apreciação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2025.O
dirigente empresarial voltou a insistir na necessidade de regularizar os
pagamentos em atraso, uma “chaga da economia que tem que ser sanada”.“Este
ano, foi possível transformar divida comercial em divida financeira, o
que quer dizer que o Governo dos Açores sanou 75 milhões de euros de
divida atrasada, pagando e libertando as empresas deste nível de
endividamento, mas o problema não está completamente resolvido”,
declarou.Fortuna frisou que os pagamentos
em atraso são “várias vezes 75 milhões de euros”, tendo sugerido ao
Governo dos Açores que o ‘plafond’ de resolução de dividas em atraso
seja de 100 milhões. O líder da CCIPD
sugeriu, face aos problemas de mão-de-obra, que resolve-se por via da
migração, deve-se “melhorar a atratividade” através de um programa de
cativação do agregado familiar e não do empregado.“Seria
uma forma mais estável e atrativa em que podemos dizer que temos
creches gratuitas, um sistema de saúde bastante generoso, a par de um
sistema educativo”, frisou o empresário.Mário
Fortuna manifestou ainda preocupação com a promoção externa dos Açores,
sugerindo a criação de uma agência para cativar investimento e projetar
os produtos dos Açores.