Empresários pedem apoios ao governo açoriano e alertam para risco de insolvências
16 de dez. de 2022, 18:02
— Lusa/AO Online
“É crucial que,
antes do final do ano, o Governo Regional dos Açores apresente medidas
de apoio aos empresários dos Açores, criando mecanismos que protejam as
empresas e que permitam salvaguardar postos de trabalho”, afirmou à
agência Lusa a responsável no arquipélago pela Associação da Hotelaria,
Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Cláudia Chaves.A
empresária alertou para a situação “difícil”, marcada pela inflação e
pelo aumento do custo de vida, e lembrou que a subida do salário mínimo a
partir de 01 de janeiro de 2023 (que a nível nacional vai passar de 705
para 760 euros) vai “exigir ainda mais” das empresas.“Estamos
há três meses a insistir com o Governo dos Açores para apresentar novas
medidas de apoio e ninguém se chega à frente. É desesperante para as
microempresas. Temo que muitas, desta vez, vão optar pela insolvência em
2023", avisou.Cláudia Chaves recordou que
os meses de janeiro e fevereiro, “por tradição, já são meses muito
maus” para a hotelaria e a restauração, considerando que as previsões
para 2023 “não são nada animadoras”.“Não
sou catastrofista. Não faz parte da minha maneira de ser. Mas, desta
vez, não estou mesmo a ver as coisas com bons olhos”, declarou.A
AHRESP/Açores dá o exemplo da abertura, na quarta-feira, de novas
candidaturas ao programa Apoiar, lançadas pelo Turismo de Portugal, uma
iniciativa da “maior relevância” para o tecido empresarial, mas que “não
tem aplicação” nos Açores.Na
quarta-feira, o Turismo de Portugal anunciou um reforço de 70 milhões de
euros para o programa Apoiar e a abertura das candidaturas até 22 de
dezembro.