Empresários dos Açores preocupados com ligações da Delta Airlines e cancelamento de Frankfurt
23 de set. de 2019, 17:18
— Lusa/AO Online
A Comissão Especializada do
Turismo (CET) da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, na
sequência de uma análise do setor, considerou, em nota de imprensa, que o
desaparecimento da rota de Frankfurt “terá um forte impacto negativo
nas dormidas, uma vez que a Alemanha é o maior mercado emissor
estrangeiro”, perspetivando-se que as quedas que se têm vindo a registar
“poderão ser ainda mais acentuadas”.Para
aquela comissão, um eventual cancelamento da rota da Delta “é muito
preocupante não só pelo seu impacto concreto no número de turistas que
esta operação movimenta (mais de 60 mil dormidas), mas também pela
imagem de mercado de insucesso a que os Açores poderão ser associados no
exterior”.“Estas duas rotas devem merecer
especial atenção e intervenção das entidades competentes, uma vez que a
Alemanha e os Estados Unidos representaram, entre janeiro e julho de
2019, só para os estabelecimentos hoteleiros, 41,3% de todos os turistas
estrangeiros que visitaram os Açores.Apesar
de considerar que os últimos dados estatísticos do turismo de janeiro a
julho são “globalmente positivos”, a CET refere que a “falta de
investimento em infraestruturas de apoio ao turismo continua a ser,
infelizmente, e particularmente em São Miguel, uma realidade que urge
resolver e que está a penalizar os residentes e a degradar o valor do
destino percebido pelos turistas”.Para
aquela comissão, a formação dos recursos humanos “carece de uma aposta
mais forte, mais ampla e mais diversificada na sua concretização”,
visando atender às necessidades efetivas do setor, designadamente nas
áreas do alojamento e da restauração.Os
empresários dos Açores manifestaram também “preocupação com a situação
de incerteza” relativa à evolução do subsídio de mobilidade, os “custos
que o modelo tem vindo a acarretar” e as posições públicas que “têm
vindo a ser manifestadas por diversos membros do Governo da República".No
capítulo da sazonalidade, verifica-se a “persistência do fenómeno”, o
que “requer estratégias e medidas públicas ativas que contribuam para a
sua atenuação”.