Empresários dos Açores não querem ficar de fora dos apoios nacionais para fazer face à crise

22 de set. de 2022, 18:29 — Lusa/AO Online

Os Açores, afirmou Marcos Couto, são “uma região que pertence a Portugal e, como tal, as empresas terão que obrigatoriamente terem o mesmo tipo de apoio, com uma majoração, ou não, dada a característica arquipelágica”.A direção da CCIA foi hoje recebida na presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, no âmbito das auscultações do líder do executivo regional, o social-democrata José Manuel Bolieiro, aos partidos e parceiros sociais no quadro da preparação do Plano e Orçamento de 2023.O dirigente da CCIA considerou que “o crescimento da economia dos Açores e o combate à pobreza e exclusão social deve ser feito acima de tudo pelas empresas privadas”, que devem ser alvo de apoios públicos.Marcos Couto reivindicou a aplicação aos Açores da compensação do valor pelo aumento do salário mínimo, “algo em que as empresas açorianas têm sido penalizadas”, a par da “necessidade de investir na qualificação e emprego, com destaque para a importância das escolas profissionais”.O presidente da CCIA defendeu igualmente apoios aos transportes no processo de exportação por parte das empresas dos produtos regionais, além de uma compensação por via do Plano e Orçamento de 2023 e do Plano de Recuperação e Resiliência, porque “da forma como está estruturado está muito mais virado para as empresas públicas e setor do Estado”. Marcos Couto disse ainda entender as “limitações que a região tem”, mas considerou que “seria benéfico” que o Governo dos Açores usasse das prerrogativas autonómicas para ajudar as empresas para “complementar o apoio nacional”.O Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) depende do apoio dos partidos que integram o executivo e daqueles com quem tem acordos de incidência parlamentar (IL, Chega e deputado independente) para ter maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional.