Autor: Lusa/AO Online
Numa missiva enviada ao presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, a ACIISMA refere que há “desagrado e enorme preocupação pela operação da Mutualista Açoreana de Transportes Marítimos, ao longo dos últimos anos”, mas com um “recente episódio na passada semana”.
A ACIISMA exemplifica que o navio Furnas deveria ter escalado Santa Maria durante a semana transata, mas “só hoje está a operar nesta ilha", com "consequências nefastas para os empresários e para a frágil economia” daquela ilha.
“A presente situação tem sido recorrente, com frequentes alterações de data de escala e dos percursos a efetuar, o que acarreta uma grande incerteza aos empresários da ilha, situação que tem implicações económicas e financeiras para Santa Maria”, afirma a associação.
Os empresários referem que um contentor com vacas abatidas na ilha a 08 e 09 de março, com destino ao continente, só vai chegar ao destino nove a dez dias após o abate, “com risco de reprovação pelo cliente".
De acordo com a ACIISMA, acresce a receção nesta ilha de “produtos perecíveis” sem que se saiba quem vai indemnizar os empresários.
Os empresários apelam ao presidente do Governo dos Açores que se empenhe numa situação “estável duradouro e integrada”.
Na passada semana, também a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) alertou para os “atrasos significativos” na chegada da mercadoria por via marítima à ilha de Santa Maria, apelando ao Governo dos Açores para que encontre uma solução.
“Esta câmara manifestou junto das entidades competentes a sua preocupação com a situação dos transportes marítimos de mercadorias para Santa Maria e alertou para a necessidade de se encontrar soluções para a situação atual, considerando incompreensível e inaceitável que aquela ilha não mereça um tratamento adequado para o seu regular aprovisionamento”, adiantou a associação empresarial, em comunicado de imprensa.
Segundo
a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, que representa
empresários das ilhas de Santa Maria e São Miguel, continuam a
registar-se “atrasos significativos na chegada de mercadorias a Santa
Maria”.