Empresários da Terceira apontam “disfunções graves” no transporte marítimo
13 de ago. de 2025, 16:49
— Lusa
Em
comunicado, a direção da CCIAH refere que a ilha “enfrenta atualmente
uma crise séria no abastecimento de bens essenciais”, devido a
“disfunções graves nas ligações marítimas que asseguram o transporte
regular de mercadorias”.A Terceira,
salienta o organismo, “assume um papel central na economia regional, com
forte expressão nos setores da agricultura, pecuária, indústria,
comércio, turismo e serviços públicos estratégicos”.“Contudo,
esta força económica está a ser gravemente afetada por falhas
sistemáticas no sistema logístico marítimo, com impactos diretos na vida
das empresas, das famílias e de toda a sociedade”, alerta.Segundo
a CCIAH, neste momento, “faltam bens de primeira necessidade nas
prateleiras, desde produtos alimentares até matérias-primas para a
atividade produtiva” e “esta realidade está a gerar prejuízos às
empresas conduzindo à degradação económica, e perda de confiança por
parte dos agentes económicos”.A
organização representativa do tecido empresarial exemplifica com a
“retenção de contentores com iogurtes em Lisboa, impossibilitando o seu
transporte atempado para a Terceira e restantes ilhas do grupo central”.Na
nota, a CCIAH salienta ainda “a importância da valorização do porto da
Praia da Vitória como uma porta de entrada fundamental para os Açores”,
considerando que a sua “plena utilização, com reforço de ligações
regulares e eficientes, pode e deve garantir maior estabilidade,
previsibilidade e capacidade de resposta logística — não apenas para a
Ilha Terceira, mas para todo o arquipélago”.A
organização adianta também que solicitou à secretária Regional do
Turismo, Mobilidade e Transportes uma reunião com os três armadores que
operam na região, “com o objetivo de, em conjunto, encontrar uma solução
definitiva para este problema que estrangula o desenvolvimento da
Terceira e compromete o progresso económico dos Açores”.