Autor: Rafael Dutra
A Comissão Especializada Alargada do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada - Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria (CCIPD) alertou para vários problemas no setor do turismo, como a acessibilidades aéreas e a captação, retenção e formação de recursos humanos.
Em comunicado de imprensa, esta comissão que se reuniu com a direção da CCIPD, abordou diversos assuntos com especial relevância para o setor do turismo dos Açores, como as acessibilidades aéreas.
Nesse sentido, referiram que os dados que analisaram refletem um “decréscimo no número total de lugares oferecidos pelas companhias de aviação, nas ligações domésticas e internacionais, que operam os aeroportos de Ponta Delgada e de Santa Maria, no verão IATA 2025 face ao período homólogo”.
Só ao olhar para o mercado norte-americano, são menos cerca de 115 mil lugares, valores “preocupantes”, para esta comissão, tendo em conta que o “setor está numa fase de crescimento e as acessibilidades aéreas são fator crítico de sucesso neste processo de desenvolvimento”, lê-se no comunicado.
De um modo geral, os empresários consideram “consensual e reforçada” a necessidade de reforçar o investimento na promoção turística em particular para “potenciar a venda do destino Açores durante o Inverno IATA, período em que a procura é historicamente muito inferior e as acessibilidades aéreas, em particular para os mercados internacionais, são bastante mais limitadas, e sem nunca esquecer o grande potencial do nosso destino mesmo em meses mais frios”.
Outra temática pertinente para os empresários é relativa à captação, retenção e formação de recursos humanos.
“As dificuldades de contratação de recursos humanos são uma realidade transversal a empresas e setores, representando uma preocupação constante. Torna-se, por isso, essencial encontrar mecanismos eficazes que permitam inverter esta tendência e apoiar as empresas na qualificação e desenvolvimento dos seus recursos humanos”, aponta a comissão.
A comissão especializada também defendeu uma maior limpeza
do espaço público, realçando a “necessidade da existência de um plano de
limpeza contínuo das Câmaras Municipais, por forma a garantir que os
locais públicos de visitação, como por exemplo é o caso dos miradouros,
estejam sempre cuidados e limpos”.