Empresários açorianos satisfeitos com permanência dos Açores no corredor seguro
10 de set. de 2020, 18:32
— Lusa/AO online
“Ficamos muito
satisfeitos com a colocação dos Açores e da Madeira no corredor livre
com o Reino Unido, temos imensa pena que não se tenha mantido o corredor
nacional também”, declarou à agência Lusa o presidente da CCIPD, Mário
Fortuna.O Governo britânico retirou
Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e
Açores, e a partir de sábado obriga os viajantes a cumprir uma
quarentena de duas semanas quando chegam ao Reino Unido, foi hoje
anunciado. Para o representante dos
empresários da maior ilha açoriana, esta é “uma boa noticia” para as
regiões autónomas, recordando que os Açores têm “algumas ligações” com o
Reino Unido “asseguradas pela Ryanair” e que a Madeira “tem muitas
ligações asseguradas por várias empresas”.“É
evidente que acabamos por ganhar mais alguma coisa porque se alguém no
Reino Unido estava com intenções de viajar para Portugal, os Açores e a
Madeira ficam agora em vantagem, comparativamente com o resto do país”,
afirmou.Mário Fortuna realçou que esta
medida é um “sinal positivo” dado pelo governo britânico quanto à
segurança do destino turístico Açores.“O
nosso isolamento acaba por ser uma vantagem competitiva. O nosso
isolamento e o controlo que tem havido do alastramento da doença nos
Açores e na Madeira”, afirmou.Em 2019,
visitaram os Açores cerca de 33 mil turistas oriundos do Reino Unido,
que mantém três voos semanais para os Açores, dois para São Miguel e um
para a Terceira.O ministro dos Transportes
britânico, Grant Shapps, deu o exemplo das regiões autónomas
portuguesas para referir que o Governo Britânico tem agora a “capacidade
de avaliar ilhas separadas” dos países.“Através
de informação aperfeiçoada, agora temos a capacidade de avaliar ilhas
separadas dos seus países continentais. Se chegar a Inglaterra vindo dos
Açores ou Madeira, não precisará de se isolar por 14 dias”, escreveu
Shapps na rede social Twitter.Portugal só
foi incluído na lista dos países com “corredores de viagem” com o Reino
Unido há três semanas, em 20 de agosto, porém o aumento contínuo do
número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão, que era
esperada na semana passada, quando ultrapassou o nível de 20 casos por
100 mil habitantes.