Empresário açoriano pretende investir 7ME numa nova fábrica de chocolate em Rabo de Peixe
22 de mar. de 2024, 08:45
— Lusa/AO Online
Tiago
Alves de 34 anos, começou a atividade em 2012 e inaugurou a atual
fábrica, em Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, a 11 de
dezembro de 2014.Além da unidade fabril,
que labora uma média anual de 16 toneladas de chocolate, a empresa tem
também duas lojas onde são comercializados os seus produtos (uma junto
da fábrica, em Rabo de Peixe, e outra na cidade da Ribeira Grande).A
empresa “O Chocolatinho” tem atualmente 19 funcionários (nove na
fábrica e os restantes nas lojas) e o volume de negócios de 2023, só na
faturação nas lojas, foi de 600 mil euros, segundo o empresário.Quanto
à fábrica, sem especificar valores relativos ao ano anterior, o
responsável adiantou que a faturação duplicou, comparando com os anos de
2019, 2020 e 2021, considerados os piores, devido à pandemia.“O
volume de negócio da nossa fábrica está a crescer, o que também está a
levar-nos a construir uma nova fábrica. Nós estamos agora na execução de
um projeto novo. Vamos abrir uma área industrial só ligada à indústria
do chocolate, com 1.200 metros quadrados. Vamos ter uma chocolataria que
nos permitirá também exportar com confiança”, disse o empresário à
Lusa.O objetivo é abrir a nova unidade no
prazo de dois anos para aumentar a produção, dar resposta aos pedidos
dos clientes e apostar no denominado “mercado da saudade” (exportação
para países onde residem açorianos).“Neste
momento, o mercado da saudade é o nosso objetivo. Estamos a falar em
torno de 150 lojas nos Estados Unidos [da América] e [no] Canadá a
quererem o nosso produto e nós não podemos ter, porque não temos,
primeiro, maneira de lá chegar e, depois, maneira de produzir em grande
escala”, justificou.O investimento na nova
unidade fabril, que será construída na área industrial de Rabo de
Peixe, onde o empresário já adquiriu um terreno, ainda não está
definido, mas Tiago Alves garante que o “teto máximo” será de sete
milhões de euros e será realizado com recurso a fundos comunitários,
através do Programa 2030.Segundo o
responsável, a nova fábrica de chocolate de Rabo de Peixe está a ser
projetada para também ter a vertente turística: “O objetivo da fábrica é
podermos receber turistas. Na nossa [atual] unidade fabril, não
podemos, porque é uma área muito pequena e não nos permite fazer
visitas”.“A maioria das pessoas [que se
desloca à atual unidade fabril] vem do continente, da América, do
Canadá, do Brasil [e] muitos [visitantes] do centro da Europa, também, e
querem vir ver a fábrica (…). E a ideia será nós concebermos a fábrica
de maneira [a] que conseguíssemos fazer uma visita e, talvez, a pessoa
brincar um pouco com o chocolate”, explicou.Com
a futura unidade fabril, que laborará em permanência, por turnos, será
aumentado o número de colaboradores, estimando o responsável que possam
existir entre “25 a 30 funcionários”.Atualmente,
a fábrica “O Chocolatinho” tem clientes no país (continente e ilhas) e
no estrangeiro (países do centro da Europa), Canadá e Estados Unidos da
América.Produz diversos produtos na área
da chocolataria como bombons, trufas artesanais e derivados, com sabores
característicos das nove ilhas dos Açores (ananás, licores diversos,
caramelo, mel, queijo de São Jorge, pimenta da terra, maracujá, morango,
limão galego, beterraba, chá verde e preto da Gorreana, entre outros).A empresa de Rabo de Peixe também possui a vertente de pastelaria e de geladaria.