Emissões de gases com efeito de estufa caíram 4,6% em 2009

Ambiente

30 de set. de 2011, 17:58 — Lusa/AO online

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje a Conta das Emissões Atmosféricas que apontam para um aumento de 6,6% das emissões de dióxido de carbono da responsabilidade da actividade económica entre 1995 e 2009, enquanto o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia cresceu 29,8%, em volume. Para o período de 2006 a 2009, estas emissões registaram uma quebra de 11,6%, um comportamento principalmente explicado pela redução da intensidade energética, permitida pela utilização de "formas de energia mais limpas de emissões", como as hidroeléctricas, a eólica e o gás natural. No âmbito da União Europeia (UE), o peso das emissões associadas ao transporte no total das emissões de gases de efeito de estufa das famílias portuguesas foi o sexto mais elevado em 1995 e o oitavo em 2008. No entanto, segundo o INE, Portugal apresentou uma das mais baixas capitações de emissões de gases de efeito de estufa da Europa, com a quarta mais baixa em 1995 e a quinta em 2008 (7,6 toneladas equivalentes de dióxido de carbono per capita contra 10,2 toneladas UE 27). O potencial de efeito de estufa, um dos três indicadores utilizado pelo INE, referente ao dióxido de carbono, óxido nitroso e metano, apresentou uma "relativa estagnação" entre 2000 e 2005, para iniciar uma tendência decrescente após este período. As excepções foram para 2002 e 2005, anos marcados pela falta de água nas albufeiras que levou a usar mais fuelóleo, gás natural e carvão no processo de produção de electricidade