Emigrantes portugueses no Canadá esperam regresso normal após férias de Natal
6 de dez. de 2021, 10:34
— Lusa/AO Online
A empresária
Marina Brito, que opera uma agência de viagens, no coração do Little
Portugal de Toronto, reconhece que contrariamente ao verificado há um
ano atrás, o “Natal está praticamente preenchido, com muitas reservas de
viagens” e nem tem conhecimento de “cancelamentos”, mesmo após o
“aparecimento da nova variante Ómicron da pandemia”.“No
mercado dentro da comunidade portuguesa, continuamos a vender, com
alguma naturalidade e com algumas perguntas de preocupação, mas penso
que as pessoas começaram a habitar-se a viver com a pandemia.
Continuamos a vender, mas o Natal está praticamente vendido”, sublinhou a
empresária, natural de Maputo.Todos
os passageiros internacionais, que cheguem ao Canadá, com a exceção de
norte-americanos, são obrigados desde terça-feira, a efetuarem um teste
contra a COVID-19, isolando-se em casa, até que sejam conhecidos os
resultados.“As
pessoas estão cansadas, já se mentalizaram que têm de viver com esta
nova situação e apreenderam a tomar precauções. A totalidade dos nossos
passageiros, neste momento, estão todos vacinados e não têm receio de
viajar”, acrescentou a emigrante portuguesa no Canadá desde 1989. No
entanto, Marina Brito alertou para os preços praticados por algumas das
companhias aéreas, durante a época de Natal, preços que ultrapassam os
3.000 dólares canadianos, em classe económica, uma subida de mais do
dobro dos preços iniciais de cerca de 1.200 dólares por passageiro.“Mesmo
com os preços exagerados, que se começaram a praticar a partir do dia
01 de dezembro, que rondam a casa dos 3.000 dólares canadianos por um
bilhete, em economia, os passageiros continuam a marcar para ir lá
passar o Natal. Temos o dezembro quase todo vendido, e o ano passado
quase que nem tínhamos passageiros”, realçou.Otava
implementou outra medida, em vigor desde o dia 30 de novembro,
proibindo o embarque de passageiros com 12 anos de idade ou mais, que
não sejam vacinados, quer em comboios de passageiros ou de avião.Quase
três anos sem visitar Portugal, Sara Ferreira, em Toronto, desde 2012,
esteve em setembro último em Portugal, partilhando que “ser muito fácil
viajar, porque todos cooperaram e seguem as regras sanitárias”, no
entanto, com o surgimento da nova variante Ómicron, “tudo mudou”.A emigrante natural de Braga vai regressar à sua terra de origem para passar a época natalícia mostrando-se confiante e segura.“Quando
marquei a viagem a nova variante era desconhecida. Sinto-me segura,
pois tenho as duas vacinas, e quando for possível irei tomar a terceira.
Sei que tenho de fazer os testes e seguir todas as medidas sanitárias,
em ambos os países. Por isso estou totalmente confiante de efetuar esta
viagem em dezembro”, sublinhou.Com
as autoridades de saúde a apresentarem novos dados e a implementarem
novas restrições diariamente, a agente de viagens Marina Brito aconselha
que os passageiros consultem as informações relativamente a todas as
novas medidas pelo menos na véspera de embarcarem, correndo o risco,
caso não o façam, de não seguirem viagem.