EMA diz que ainda é cedo para saber se é necessário adaptar vacinas
Covid-19
21 de dez. de 2021, 15:17
— Lusa/AO Online
Numa conferência de imprensa que serviu para
fazer também o balanço do ano, Emer Cooke afirmou que uma das
prioridades da agência nesta fase da pandemia é estar preparada para a
eventual necessidade de adaptar as vacinas existentes, mas ressalvou que
“esse ainda não é o caso”. e sublinhou que “todos os dados” disponíveis
apontam para que as vacinas atualmente administradas na União Europeia
protegem contra morte, doença grave ou hospitalização. Apontando
que faz hoje precisamente um ano que a EMA aprovou a primeira vacina
contra a covid-19 na União Europeia – a da BionTech-Pfizer, que recebeu
luz verde da agência a 21 de dezembro de 2020 -, Cooke assumiu que, por
essa altura, “não esperava que, passado um ano, ainda houvesse
pandemia”, mas constatou que “a situação epidemiológica continua muito
preocupante”, com um aumento considerável das infeções.Contudo,
salientou, com cinco vacinas já aprovadas – na segunda-feira a EMA deu
parecer positivo à vacina Nuvaxovid, desenvolvida pela farmacêutica
norte-americana Novavax – e seis tratamentos, a Europa está “numa
posição muito mais forte do que há um ano”, pois dispõe de “muitas mais
ferramentas” para fazer face à pandemia de covid-19.A
diretora executiva da EMA apontou então que, do ponto de vista de
regulador, a agência está “preparada, se for caso disso, para alterar as
vacinas” de modo a adaptá-las a novas variantes, comentando que não
constitui qualquer surpresa o surgimento de novas variantes, pois “os
vírus sofrem mutações”.“Embora estejamos a
assistir a uma transmissão crescente do vírus, todos os dados
disponíveis mostram que as atuais vacinas ajudam a proteger de morte,
doença grave e hospitalização”, disse, reiterando que é fundamental por
isso prosseguir as campanhas de vacinação e, designadamente, a
administração das doses de reforço.Quanto à
eventualidade de a composição das vacinas ter de ser alterada para
fazer face à Ómicron, a variante que em janeiro já deverá ser dominante
na UE, Emer Cooke afirmou então que a EMA ainda não tem resposta.“Ainda
não há resposta à questão de saber se vamos precisas de uma vacina
adaptada, com uma composição diferentes, para lutar contra esta variante
ou qualquer outra que surja. Precisamos de reunir mais dados
relativamente ao impacto da variante nas atuais vacinas”, disse.“Há várias questões ainda em aberto. Mas o que sabemos é que não vamos recomeçar do zero”, insistiu.