Autor: Lusa / AO online
A cerca de 250 quilómetros de Díli, o ilhéu de Jaco é o local mais a leste do país e é um local sagrado para os timorenses. Um tesouro escondido com cerca de 10 mil quilómetros quadrados e que faz parte do Parque Natural Nino Konis Santana, criado em 2007.
Para lá chegar, todos são postos à prova. É preciso fazer a passagem pelo inferno ou por uma estrada a subir e a descer de buracos e com pedra solta com oito quilómetros. Ultrapassado o obstáculo, e como recompensa, os pescadores locais (mediante pagamento de seis dólares) levam as pessoas até ao seu terreno sagrado.
"Jaco é um paraíso, uma praia fabulosa", afirmou à agência Lusa Vítor Paiva, engenheiro civil.
"Agora, as infraestruturas são muito más, as estradas estão péssimas, com muitos buracos, lama, os ‘ecoresort’ também são muito fraquinhos, são complicados para se comer, para nos instalarmos, as casas de banho são péssimas na maior parte deles, mas depois tem estas coisas boas, a praia e o mar que é fantástico", acrescentou.
A mesma opinião tem Rita Simões, uma economista portuguesa a trabalhar em Díli que visita o ilhéu de Jaco várias vezes por ano.
"É um paraíso perdido e vale muito a pena aproveitar esta praia para descontrair, largar o stresse de Díli e vir passar o fim de semana com os amigos. O caminho é muito difícil para cá chegar, mas depois vale muito a pena", disse.
Para Fátima Santos, assessora de sistemas de informação, é um "esforço necessário".
"A chegada foi complicada, porque o caminho é tortuoso, mas depois de chegar à praia acho que vale a pena o esforço, porque a paisagem natural é tão bonita, a cor da água é tão linda", disse.
O ilhéu de Jaco é o destino preferencial para quem quer fazer mergulho e ‘snorkeling' e por toda a costa é possível ver praticantes. O caso de Margarida Machado, técnica da cooperação portuguesa.
"É sem dúvida o melhor sítio para se ver. Esta água limpinha, o fundo do mar, os peixinhos, estou encantada", afirmou à Lusa.
Para Margarida Machado, há "algumas dificuldades nas infraestruturas", mas Timor-Leste tem potencial para ser um destino turístico.
Já o indiano Suprit Singh, que trabalha em Díli no setor energético, considerou que Jaco tem todos os "ingredientes de uma ilha" e a "componente aventura".
"Podes fazer ‘snorkeling’, mergulho e se não fizeres nada podes sentar-te e olhar para a natureza", disse à Lusa, acrescentando que Timor-Leste é um país bonito e no final vale sempre a pena passar por tudo porque se ganha muito.