Em cada minuto morrem duas crianças menores de cinco anos com pneumonia
27 de nov. de 2017, 15:48
— Lusa/AO online
O
alerta, citado hoje pela agência espanhola EFE, consta do manifesto da
organização não-governamental (ONG) "Save the Children" na sua
informação "Lutando por Respirar", que explica que a pneumonia é a
"doença da pobreza" e a principal causa de morte infantil por patologias
infecciosas, que se concentram nos países economicamente mais atrasados
e subdesenvolvidos. Nesses
países, são as crianças mais pobres que têm mais riscos de contrair
aquela doença, que mata mais do que a malária, a diarreia e o sarampo
juntos, segundo aquela ONG, que fixou como objetivo salvar um milhão de
vidas nos próximos cinco anos.A
informação, cuja introdução foi escrita pelo ex-secretário-geral das
Nações Unidas, Kofi Annan, mostra como umas políticas nacionais apoiadas
pela cooperação internacional poderão salvar 5,3 milhões de vidas até
2010. A
organização sustenta que a administração de do antibiótico amoxicilina
custa 34 cêntimos, "menos que um pacote de doces num supermercado
ocidental", com o que se poderia salvar uma criança daquela doença.Apesar
do baixo preço daquele antibiótico, o fármaco não está disponível em
muitos centros de saúde dos países mais afetados pela doença como sejam a
Tanzânia e a República Democrática do Congo.A
"Save the Children" refere ainda que 170 milhões de crianças não estão
vacinadas contra a doença e que as crianças do sexo feminino com
pneumonia têm um risco de morrer 43% superior às do sexo masculino no
sul da Ásia.Para
reduzir o número de vítimas, a ONG reclama vacinas mais baratas e que
se possa vacinar mais de 166 milhões de crianças menores de dois anos
para prevenir a enfermidade.Além
disso, pede aos governos planos de ação que assegurem a disponibilidade
de antibióticos em todo o mundo, incluindo o acesso universal a centros
de saúde com pessoal capacitado para diagnosticar a doença de forma
"rápida e precisa".A
ONG propõe ainda o estabelecimento de alianças público-privadas para
ampliar as provisões de oxigénio necessário para ajudar as crianças que
"lutam por respirar" e a adoção de medidas para ajudar os mais de 400
milhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso a serviços
médico-sanitários.