EDA Renováveis quer subir produção de energia de fontes renováveis nos Açores
30 de mai. de 2018, 06:36
— Lusa/AO Online
"Em
2025, propomo-nos atingir a penetração renovável de 57%, o que,
conjugado com a produção endógena, através da valorização energética dos
resíduos, atinge os 63%, que é uma meta muito ambiciosa", adiantou
Carlos Bicudo.Segundo
o mesmo responsável pela EDA Renováveis, é sobretudo "através das
centrais geotérmicas" existentes no concelho da Ribeira Grande, na ilha
de são Miguel, que essa energia é produzida, garantindo "um terço das
necessidades energéticas na Região".Carlos
Bicudo lembrou que o incremento da produção de energia através de
fontes renováveis será feito depois de alguns "projetos de
aproveitamento de energias renováveis" previstos para as ilhas de São
Miguel, Terceira e Flores."Aqui
nos Açores, o que está previsto a nível, por exemplo, de São Miguel é
expandir a atual central do Pico Vermelho por mais cinco megawatts, a
antiga Central da Ribeira Grande saturar por mais três megawatts, o que
para tal impõe que numa primeira fase sejam executados poços geotérmicos
profundos, também na Terceira está prevista a expansão da atual central
em exploração por mais sete megawatts, assim como também nas Flores
mais uma nova hidroelétrica de cinco megawatts", avançou.Carlos
Bicudo falava aos jornalistas sobre os projetos da EDA Renováveis para a
redução da "dependência dos derivados do petróleo na Região" na
sequência de uma apresentação sobre o "Panorama das energias renováveis
nos Açores", na Feira Regional de Eficiência Energética, que decorreu
esta terça-feira na Ribeira Grande.Na
ocasião, a diretora regional da Energia dos Açores que participou num
debate sobre mobilidade elétrica anunciou que o Governo Regional dos
Açores pretende criar ainda este ano um sistema de incentivos para
aquisição de veículos elétricos na Região.
"Há uma comparticipação de uma parte para a aquisição de um veículo
100% elétrico para particulares, numa primeira fase. Será à semelhança
do [apoio] nacional, são os 2.250 euros por veículo, portanto os
primeiros mil veículos têm acesso ao incentivo", disse Andreia Carreiro.A
mesma responsável admitiu que nos Açores existe apenas um posto de
carregamento elétrico publico que partiu "de uma iniciativa privada", em
Ponta Delgada, sendo que está a decorrer "um concurso" para a
instalação de "26 pontos de carregamento rápido"."Os
26 postos que estão a concurso, neste momento, têm uma abrangência
regional para todos os concelhos da Região Autónoma dos Açores, neste
momento o concurso está a decorrer e termina no início de Julho", disse.Andreia
Carreira disse que na Região ainda existe "alguma resistência" para a
compra de carros elétricos devido "à falta de infraestruturas de
carregamento, ao custo inicial do veículo, que é bastante mais caro, e à
falta de conhecimento".Nos
Açores existem "cerca de uma centena" de carros elétricos em
circulação, sendo que a maioria são pertencentes a "empresas, municípios
ou ao Governo Regional".