EDA aumentou resultado líquido em 4,9 ME para 17 ME em 2023
29 de abr. de 2024, 15:05
— Lusa
De acordo com a EDA, o EBITDA,
resultado antes de impostos, amortizações e juros, foi de 65,7 milhões
de euros, mais 13,6 milhões de euros em termos homólogos. As
contas foram aprovadas pelos acionistas, em assembleia geral realizada
hoje, tendo sido viabilizada a distribuição de dividendos de sete
milhões de euros, "correspondentes a 41% dos resultados apurados
distribuíveis".Segundo uma nota de
imprensa da elétrica açoriana, o volume de negócios do grupo “atingiu
novo valor mais elevado da história, com 280 milhões de euros, ou seja,
mais 6,3% face ao ano anterior, com as vendas de energia elétrica a
registarem um aumento de 19,3%”.A
compensação tarifária em 2023 atinge cerca de 100,5 milhões de euros,
com um decréscimo de 14,3 milhões de euros, refere a EDA.A
empresa diz que realizou também “o maior volume de investimento da sua
história, no total de 70 milhões de euros e 74,6 milhões de euros no
total do grupo EDA”.A empresa aponta que
os capitais próprios do grupo situaram-se nos 217,8 milhões de euros, o
que revela um “acréscimo de cerca de 9,9 milhões de euros, ou seja, com
uma variação positiva de 4,8%”.As
subsidiárias EDA Renováveis, SEGMA e GLOBALEDA contribuíram em 79% para o
resultado obtido, sendo que o resultado operacional totalizou cerca de
30,7 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 11,4 milhões de
euros face aos 19,3 milhões de euros registados em 2022. De
acordo com a elétrica açoriana, 2023 incluiu “factos extraordinários
que, pelo seu valor, têm um impacto muito relevante nos resultados da
empresa”.“O mais significativo resulta da
correção à compensação tarifária do ano de 2022, cujo valor final foi
publicado pela ERSE em 15 de dezembro de 2023 e que resulta num impacto
positivo no resultado de cerca de 5,1 milhões de euros. Sem os factos
extraordinários, o resultado líquido do grupo situar-se-ia nos 9,3
milhões de euros, próximo da previsão realizada”, refere a EDA.Em 2023 registou-se um crescimento de 1,5% na emissão de energia elétrica, atingindo os 835,7 GWh. A
EDA refere que a energia de origem renovável injetada na rede,
excluindo a proveniente do aproveitamento de resíduos sólidos urbanos,
totalizou 291,9 GWh, o que representa cerca de 34,9% da energia, contra
33,9% em 2022. A produção com origem geotérmica cresceu 6,3% e a de origem eólica aumentou 7,1%.A
EDA aponta que, “apesar do esforço significativo de investimento, os
financiamentos obtidos pelo grupo diminuíram 6,5 milhões de euros
relativamente a 2022, situando-se em 336,2 milhões de euros”.O
agravamento das condições de financiamento pelo aumento da taxa de juro
diretora do Banco Central Europeu, gerou entretanto “encargos
financeiros adicionais de 6,5 milhões de euros relativamente ao ano
transato”.São acionistas da EDA, a Região
Autónoma dos Açores (50,1 %), a ESA - Energia e Serviços dos Açores,
SGPS, S.A. (39,7%) a EDP - Gestão da Produção de Energia, S.A. (10%) e
os pequenos acionistas e emigrantes representam 0,2% do capital.