É prematuro para qualquer país “declarar vitória” ao coronavírus
Covid-19
1 de fev. de 2022, 17:23
— Lusa/AO Online
“É
prematuro para qualquer país se render ou declarar vitória” em relação à
pandemia de Covid-19, afirmou o diretor-geral da OMS, em conferência de
imprensa, poucos dias depois de ter passado dois anos da declaração de
emergência pública de preocupação internacional.Segundo Tedros
Ghebreyesus, desde que a variante Ómicron foi identificada,
apenas há 10 semanas, quase 90 milhões casos de infeção foram registados
pela organização, “mais do que foi reportado em todo o ano de 2020”.“Estamos
a assistir a um aumento preocupante de mortes em muitas regiões do
mundo”, alertou Tedros Ghebreyesus, que se manifestou ainda
preocupado com a “narrativa que está a vingar em alguns países” que, por
causa das vacinas e da alta transmissibilidade e reduzida severidade da
Ómicron, prevenir a transmissão “não é mais possível ou necessário”
para prevenir a transmissão do vírus.“Nada
podia estar mais longe da verdade”, salientou o diretor-geral da OMS,
dizendo que a organização não apela a que os países regressem aos
confinamentos, mas que “protejam as suas populações usando todas as
ferramentas à sua disposição” para combater a pandemia.De
acordo com Tedros Ghebreyesus, a OMS está atualmente a
acompanhar a evolução de várias linhagens da variante Ómicron, incluindo
a BA.2 que também já foi detetada em Portugal.“Os países necessitam de continuar a testar, a fazer vigilância e sequenciação” do coronavírus, defendeu o diretor-geral da OMS.A
responsável técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a
pandemia adiantou que esta linhagem da Ómicron está a registar uma
crescente circulação em países como a Dinamarca e Índia, mas salientou
que os dados disponíveis ainda são escassos.“Temos
uma boa vigilância a nível mundial para entender as subvariantes da
Ómicron. Estamos a trabalhar com milhares de especialistas de todo o
mundo para rastrear este vírus e suas as linhagens, incluindo BA.2, para
percebermos melhor as alterações”, assegurou Maria Van Kerkhove.