“É impossível não pensar que vamos ter um novo estado de emergência”
Covid-19
13 de nov. de 2020, 11:45
— Lusa/AO Online
Na conferência
de imprensa do Conselho de Ministros de hoje, António Costa foi
questionado sobre se entendia que será necessário um novo estado de
emergência, depois de ter dito que, no próximo Conselho de Ministros, o
Governo terá a “oportunidade de apreciar, se for essa a intenção do
senhor Presidente da República”, a necessidade de o prolongar.“Relativamente
a novo estado de emergência, eu diria que é impossível não pensar que
necessariamente vamos ter um novo estado de emergência. Os dados estão
aí a demonstrá-lo”, respondeu.Costa
recordou que teve a oportunidade de afirmar que, desta vez, “o estado de
emergência conduziria seguramente a medidas menos intensas do que as da
primeira, mas necessariamente mais prolongadas”.“Adotámos
um critério distinto do da primeira fase que é ajustar as medidas à
especificidade de cada território e por isso a modulação das medidas em
função da gravidade da situação em cada território”, explicou.O
primeiro-ministro deixou claro que “este estado de emergência vigora só
até ao próximo dia 23 de novembro” e que as medidas que hoje foram
clarificadas são apenas para este período nos concelhos de maior risco
de contágio.“Não houve qualquer contacto
com o PCP sobre o que acontece para lá deste estado de emergência e para
outros fins de semana. Estamos a falar destes fins de semana
relativamente a estas medidas”, respondeu, quando questionado sobre se
já tinha havido alguma conversa com os comunistas a propósito da
realização do seu congresso.O XXI
congresso nacional do PCP, de 27 a 29 de novembro, em Loures, vai ter
metade dos delegados, cerca de 600, comparativamente à reunião de 2016,
devido à pandemia, disse na quarta-feira à Lusa fonte partidária. Numa
resposta a perguntas da agência Lusa, o gabinete de imprensa dos
comunistas afirmou que o congresso, “atendendo às circunstâncias, terá
uma participação de delegados menor (cerca de 50%), sem presença de
convidados nacionais e estrangeiros”.O PCP garantiu ainda condições de “proteção sanitária” para todos os participantes.