Durão Barroso elege a saida da crise e combate às alterações climáticas

União Europeia

3 de set. de 2009, 11:57 — Lusa/AO Online

"Ou trabalhamos em conjunto e ficamos numa posição de liderança global ou arriscamo-nos a ser marginalizados", declarou Durão Barroso, defendendo em seguida "uma Europa forte e uma comissão forte, uma estratégia e um projecto comuns". O presidente da Comissão Europeia enviou esta manhã ao Parlamento Europeu um documento onde expõe "objectivos e ideias" que deverão guiar o estabelecimento de uma parceria política entre as duas instituições nos próximos anos. Durão Barroso recebeu o apoio unânime dos 27 chefes de Estado e de Governo da UE para continuar à frente do executivo comunitário por mais cinco anos, mas ainda precisa da concordância do Parlamento Europeu, o que deverá acontecer a 16 de Setembro. "Tenciono cooperar estreitamente com o Parlamento Europeu com vista a edificar uma Europa próspera, segura e durável", acrescentou. Sair com êxito da crise, liderar o combate às alterações climáticas, promover novas fontes de crescimento e de coesão social, promover a Europa dos cidadãos e abrir uma nova era para a Europa global são as "principais orientações políticas" para a próxima Comissão Europeia. O grupo do Partido Popular Europeu (PPE) e a Aliança dos Socialistas e Democratas, as forças maioritárias do Parlamento Europeu, mostraram-se terça-feira disponíveis para votar este mês a recondução de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia. As várias famílias políticas no Parlamento Europeu vão receber separadamente, terça e quarta-feira da próxima semana, o presidente da Comissão para ouvir e debater as propostas para os próximos cinco anos apresentadas hoje. Em Julho passado, quando a ala esquerda do Parlamento forçou o atraso da votação para depois do Verão, os líderes dos grupos parlamentares incluíram o assunto na agenda da sessão plenária de Setembro. A decisão deverá ser confirmada no próximo dia 10, quando os presidentes dos grupos parlamentares voltarem a reunir-se para fixar, de forma definitiva, a agenda da sessão que se realiza de 14 a 17 de Setembro. O provável "sim" dos socialistas deixa cada vez mais isolados os Verdes, grupo que defende que a votação deverá acontecer depois do dia 02 de Outubro, após a realização do segundo referendo irlandês sobre o Tratado de Lisboa.