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Dormidas em alojamentos turísticos nos Açores aumentam 2,2% em agosto

Os Açores registaram mais de 691 mil dormidas em alojamentos turísticos no mês de agosto, uma subida de 2,2% face ao período homólogo, segundo dados revelados pelo Serviço Regional de Estatística (SREA)


Autor: Lusa/AO Online

“Em agosto, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 691,8 mil dormidas, valor superior em 2,2% ao registado no mês homólogo”, lê-se no relatório de Atividade Turística do SREA.

Segundo o SREA, o crescimento de dormidas turísticas nos Açores, em agosto, foi superior ao registado a nível nacional (1,1%).

No período acumulado de janeiro a agosto, os Açores atingiram 3,3 milhões de dormidas em alojamentos turísticos, o que representou um crescimento de 5,8% face ao período homólogo.

Em agosto, a região contabilizou 195,4 mil hóspedes (menos 0,1%), com uma estada média de 3,54 noites, que aumentou 2,3% em termos homólogos.

Os residentes no estrangeiro representaram a maioria das dormidas neste mês (81,1%), totalizando 561,3 mil, um crescimento de 3,8% face ao período homólogo.

Pelo quinto mês consecutivo, o mercado nacional registou uma quebra de dormidas nos Açores, totalizando 130,5 mil (18,9% do total), menos 3,9% do que em agosto de 2024.

Entre os mercados externos, a Espanha foi o maior mercado emissor, com 110,8 mil dormidas (19,7% das dormidas de residentes no estrangeiro), apresentando um crescimento homólogo de 1,5%.

Em segundo lugar, surge a Alemanha, com 79,2 mil dormidas (14,1%), apresentando um acréscimo de 16,7%, e em terceiro a França, com 70,5 mil dormidas (12,6%) e uma subida de 2,2%.

Polónia (54%), Israel (46,6%) e Áustria (33,1%) foram os mercados com maior crescimento homólogo, enquanto Países Baixos (-7,4%), Canadá (-6,7%), Bélgica e Dinamarca (-4,7%) apresentaram as maiores quebras.

Com 334,8 mil dormidas, o alojamento local concentrou 48,4% da totalidade de dormidas turísticas nos Açores, em agosto, superando, pelo segundo mês consecutivo, a hotelaria, que registou 317,8 mil dormidas (45,9%).

O turismo no espaço rural, que apresentou 39,2 mil dormidas (5,7%), foi a tipologia que mais cresceu face ao período homólogo (6,6%).

O alojamento local também registou uma subida, em comparação com agosto de 2024 (4,6%), mas a hotelaria apresentou uma quebra de 0,7%.

Considerando apenas hotelaria e alojamento local, que concentraram 94,3% das dormidas, apenas cinco das nove ilhas dos Açores verificaram uma variação homóloga positiva, em agosto.

O Corvo foi a ilha com maior crescimento (21,3%), seguindo-se Pico (10,5%), São Miguel (2,6%), Faial (1,2%) e São Jorge (0,5%).

Em sentido contrário, as ilhas Terceira (-3,5%), Santa Maria (-3,3%), Graciosa (-2,3%) e Flores (-2,1%) apresentaram quebras nas dormidas turísticas neste mês.

A ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, concentrou 64,3% das dormidas em hotelaria e alojamento local (419,4 mil), em agosto, seguindo-se a Terceira, com 87,9 mil dormidas (13,5%), o Pico, com 54,8 mil dormidas (8,4%), e o Faial, com 42,5 mil dormidas (6,5%).

O mercado nacional apenas se destacou, com maior peso nas dormidas, na ilha Graciosa (65%).

Quanto aos principais mercados externos, o espanhol destacou-se nas ilhas das Flores (27,5%), São Miguel (20,2%), Terceira (12,1%) e Santa Maria (10,5%).

O mercado alemão foi o principal no Pico (19,8%) e o mercado italiano no Faial (14,7%) e no Corvo (13,7%).

Em São Jorge, a França foi o principal mercado externo (15%) e na Graciosa foram os Estados Unidos da América (12,1%).

Na hotelaria, a taxa líquida de ocupação por cama atingiu 76% em agosto (menos 3,3 pontos percentuais) e os proveitos totais subiram 7,3% para 34,8 milhões de euros.

O rendimento médio por quarto disponível foi de 152,53 euros e por quarto utilizado de 178,30 euros.

Já o turismo no espaço rural apresentou uma taxa líquida de ocupação por cama de 60,1% (menos 4,2 pontos percentuais) e proveitos totais de 4,2 milhões euros (mais 15,6%).

Nesta tipologia, o rendimento médio por quarto disponível atingiu 129,75 euros e por quarto utilizado 195,61 euros.

No alojamento local, não são apresentados dados sobre os proveitos, mas a taxa bruta de ocupação por cama foi de 53,6% (menos 0,7 pontos percentuais).

Segundo o relatório, 10,7% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes em agosto.