O antigo
chefe de Estado dirigiu-se à prisão do condado de Fulton, na cidade
norte-americana de Atlanta, para tirar as suas impressões digitais e uma
fotografia para o seu processo judicial, de acordo com o xerife do
condado de Fulton, Patrick Labat.Esta foi a primeira vez que um ex-presidente norte-americano tirou uma fotografia em contexto policial, as chamadas 'mugshot'.O antigo chefe de Estado teve ainda a sua altura e peso registados.O magnata Republicano foi libertado 20 minutos depois sob pagamento de uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros).As
condições da sua fiança proíbem-no de intimidar co-réus, testemunhas ou
vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. O Republicano tem um
histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si,
incluindo a procuradora distrital responsável por este caso, Fani
Willis. A acusação no condado de Fulton é
o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o
primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.A
rendição de Trump, que ocorre no meio de uma mudança abrupta na sua
equipa jurídica, segue-se ao debate presidencial em Milwaukee na noite
anterior, com os seus principais rivais à nomeação Republicana de 2024 –
uma disputa na qual continua a ser o principal candidato, apesar da
acumulação dos seus problemas jurídicos. A
rendição em Atlanta - cidade da Geórgia - é notavelmente diferente das
três rendições anteriores, tendo-se desenrolado à noite e exigido que o
ex-presidente se entregasse numa prisão repleta de problemas - em vez de
um tribunal -, tudo isto no coração de um estado vital para as eleições
presidenciais de 2024.Vários réus no caso
já passaram por este processo, incluindo o ex-advogado de Trump e
ex-autarca de Nova Iorque Rudy Giuliani, que compareceu na quarta-feira
na prisão.Donald Trump é uma das 19
pessoas acusadas na Geórgia por tentativa de reverter os resultados das
eleições presidenciais de 2020, nas quais o republicano perdeu para o
atual Presidente, o democrata Joe Biden, por uma margem estreita.Esta
acusação criminal teve origem numa chamada telefónica, data de janeiro
de 2021, quando o ex-presidennte pediu ao secretário de Estado da
Geórgia, Brad Raffensperger, que lhe conseguisse votos suficientes para
vencer no estado.