Dois debates de urgência marcam último plenário parlamentar da legislatura
7 de set. de 2020, 18:38
— Lusa/AO online
Ambas as iniciativas, indica a agenda parlamentar que hoje ficou definida, surgem por proposta das bancadas do PSD e do CDS-PP.Os
sociais-democratas levam a plenário um tema recorrente no debate
parlamentar, sobretudo ao longo deste ano, a Saúde, e em especial o
funcionamento do Serviço Regional de Saúde e os seus principais
problemas, nomeadamente questões em torno de médicos de família e das
listas de espera cirúrgicas, já abordadas antes da pandemia de covid-19.Já
os centristas pretendem debater problemas relacionados com os
transportes e as acessibilidades, não só aéreas como marítimas, com
destaque para os voos entre a região e Lisboa, e entre a região e o
estrangeiro, alguns dos quais foram suspensos ou cancelados devido ao
impacto do novo coronavírus na aviação comercial.A
sessão plenária de setembro inclui ainda duas sessões de perguntas ao
Governo, da autoria dos deputados do PCP e do PPM, na sequência de
requerimentos apresentados no parlamento que não foram respondidos em
tempo útil pelo executivo açoriano.Perguntas
relacionadas com questões ambientais, nomeadamente com a limpeza dos
solos e aquíferos da Praia da Vitória, por parte dos militares
norte-americanos estacionados na Base das Lajes, ou como o pedido de
auxílio à companhia aérea açoriana, SATA.A
contabilização do tempo de serviço dos técnicos superiores de
diagnóstico e terapêutica, que ameaçam fazer greve esta semana, será
outro tema deste plenário, com a discussão de propostas apresentadas
pelo PSD e pelo CDS-PP e, ainda, por uma petição subscrita por um grupo
de cidadãos.Os 57 deputados regionais vão
ainda apreciar uma proposta do Governo que estabelece compensações aos
trabalhadores dos matadouros da região e uma iniciativa do Bloco de
Esquerda, que pretende interditar o uso de herbicidas com glifosato nos
espaços públicos do arquipélago.A agenda
parlamentar desta semana inclui também a apresentação do relatório final
da Comissão Eventual para a Reforma da Autonomia (CEVERA), que já
anunciou que não irá apresentar propostas concretas para votação em
plenário, por já não haver tempo útil de serem discutidas e votadas na
Assembleia da República, a quem compete a última palavra em matéria de
revisão da Constituição, do Estatuto Político-Administrativo da Região e
da lei eleitoral, entre outros.