Djokovic assume ter sido "muito difícil digerir" deportação da Austrália
29 de dez. de 2022, 12:17
— Lusa/AO Online
“O que passou há 12 meses não foi
fácil de digerir durante um tempo”, afirmou o sérvio, numa conferência
de imprensa em Adelaide, antes de iniciar a participação num torneio de
preparação para o Open da Austrália, que começa a 16 de janeiro.Djokovic,
que em janeiro passado esteve retido num hotel em Melbourne, antes de
ser expulso do país, garantiu que este tipo de situações “se recordam a
vida toda”, mas considerou-as “valiosas experiências de aprendizagem”.“Obviamente
foi dececionante deixar o país da forma que deixei. Um país no qual
vivi grandes êxitos desportivos, sobretudo em Melbourne”, afirmou
Djokovic, vencedor por nove vezes o ‘major’ australiano.Djokovic
foi deportado em janeiro deste ano, pouco depois do início do torneio
em piso rápido, por ter entrado no país sem estar vacinado contra a
covid-19, tendo apresentado uma isenção médica, cuja legalidade foi
contestada pelas autoridades australianas.O
visto foi cancelado, por ter sido considerado que a presença de
Djokovic poderia constituir um risco para a saúde pública e ser
contraproducente para os esforços de vacinação na Austrália, no âmbito
do combate à pandemia de covid-19.Após uma
curta, mas intensa, batalha judicial, o pleno do Tribunal Federal
Australiano sustentou que a presença do tenista constituía um risco de
saúde e ordem públicas, por poder contribuir para alimentar protestos de
movimentos antivacinas, e Djokovic foi deportado.O
sérvio sofreu também uma proibição de entrada no país durante três
anos, “anulada” em novembro passado com a concessão de um visto
temporário.