Autor: Lusa/AO Online
“O que passou há 12 meses não foi fácil de digerir durante um tempo”, afirmou o sérvio, numa conferência de imprensa em Adelaide, antes de iniciar a participação num torneio de preparação para o Open da Austrália, que começa a 16 de janeiro.
Djokovic, que em janeiro passado esteve retido num hotel em Melbourne, antes de ser expulso do país, garantiu que este tipo de situações “se recordam a vida toda”, mas considerou-as “valiosas experiências de aprendizagem”.
“Obviamente foi dececionante deixar o país da forma que deixei. Um país no qual vivi grandes êxitos desportivos, sobretudo em Melbourne”, afirmou Djokovic, vencedor por nove vezes o ‘major’ australiano.
Djokovic foi deportado em janeiro deste ano, pouco depois do início do torneio em piso rápido, por ter entrado no país sem estar vacinado contra a covid-19, tendo apresentado uma isenção médica, cuja legalidade foi contestada pelas autoridades australianas.
O visto foi cancelado, por ter sido considerado que a presença de Djokovic poderia constituir um risco para a saúde pública e ser contraproducente para os esforços de vacinação na Austrália, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.
Após uma curta, mas intensa, batalha judicial, o pleno do Tribunal Federal Australiano sustentou que a presença do tenista constituía um risco de saúde e ordem públicas, por poder contribuir para alimentar protestos de movimentos antivacinas, e Djokovic foi deportado.
O
sérvio sofreu também uma proibição de entrada no país durante três
anos, “anulada” em novembro passado com a concessão de um visto
temporário.