Dissolução do parlamento polaco
8 de set. de 2007, 12:30
— Lusa / AO
Uma maioria requerida de dois terços dos eleitos, ou seja 377 deputados, pronunciaram-se a favor da dissolução, 54 votaram contra e 20 abstiveram-se.
Os conservadores do partido Direito e Justiça (PiS) do primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski já não tinham a maioria, depois de rompida a sua coligação com um movimento populista e um partido da extrema-direita ultra-católica. Incapazes de governar sozinhos, resolveram-se a convocar eleições legislativas antecipadas.
A Constituição polaca obriga a que a dissolução da Dieta (câmara baixa do parlamento) se acompanhe automaticamente da dissolução do Senado.
O presidente da República, Lech Kaczynski, irmão gémeo do primeiro-ministro, deve convocar novas eleições nos próximos 45 dias, ou seja a 21 de Outubro, o mais tardar.
O resultado deste escrutínio é incerto, pois o PiS e a principal formação da oposição, a Plataforma cívica (PO, liberal) estão par a par nas sondagens.
Nas sondagens divulgadas esta semana, a PO tem 26 a 36 por cento das intenções de voto, enquanto Direito e Justiça pode obter entre 27 a 30 por cento dos sufrágios.
Em 2005, os liberais lideravam as sondagens, mas uma boa campanha do PiS mudou o resultado a favor deste partido.